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A mostrar mensagens de janeiro, 2021

Baluarte da confiança

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Foto: Brendan SmialowskiN(AFP)   Voltamos a aprender que a democracia é preciosa. Que a democracia é frágil. E nesta hora, a democracia prevaleceu. Joe Biden, na tomada de posse como presidente dos EUA, 21.01.20  Como gosto deste título do jornal Público do passado dia 22: Joe Biden riscou o legado do “trumpismo” com uma caneta. A peça, com assinatura de Alexandre escalpeliza o título: 17 decretos para desfazer as decisões emblemáticas do antecessor, como o muro . Ah! O muro na fronteira com o México caiu.  E, muito, muito importante, os Estados Unidos voltaram ao Acordo de Paris e há uma ordem para evitar a saída dos Estados Unidos da Organização Mundial de Saúde.

Batalha mental

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Na história do pensamento social usou-se abundantemente a metáfora do dia que corre. Para onde vamos? Ainda vamos a tempo ou é irreversível o desastre? José Luís Lisboa, le Monde diplomatique , novembro 2019   A ideia, sempre presente em 1984 de George Orwell, do telecrã – que “ massacrava os ouvidos com estatísticas, provando que atualmente as pessoas tinham mais comida, mais roupa, melhores divertimentos ” pode ser comparada aos gabinetes de comunicação das instituições, governos, empresas e desejos exacerbados de poder que proliferam cada vez com mais força e maior perigosidade? O senhor George Orwell quando escrevia – para publicação em 1949 – o seu romance distópico 1984 já estava nos dias que correm, não estava? Terá sido por isso que inventou a Policia do Pensamento ?   Nota de rodapé : aconselho vivamente a leitura do texto Gonçalo M.Tavares no Expresso (revista E ) deste fim-de-semana.

Bela escolha

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Tem que se construir a memória a partir de determinadas ruínas. Edgar Pera, debate no mercado municipal de Guimarães, no âmbito do Bairro C. 20.07.12     O que vai acontecer, a partir do próximo mês de março, na rua D. João -  com um acesso substancialmente melhorado à baixa vimaranense -  é uma vitória muito importante do futuro ambiental. E não é, apenas, por aquela artéria histórica de Guimarães, ficar mais linda e mais arejada – o que é importante, naturalmente! – é mesmo pelo arrumar dos carros * para que aquela artéria seja para usufruto das pessoas. A pé ou de bicicleta – o que, desde logo, assegurará, ninguém duvide!, maiores descidas das pessoas desde o centro da cidade á baixa citadina. E o padrão de São Lázaro é um monumento tão lindo, não é?   Pronto ! a história também se conjuga com modernidade e respeito ambiental.   * exceto no acesso “ para uso do comércio ”.  

Reflexão da semana

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  Não pode ser admissível o Ministério Público investigar fora das regras constitucionais e legais vigentes, travestindo de lícito e admissível o que desde a raiz é ilícito. Editorial, Expresso , 21.01.22

A força da verdade

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  A liberdade de imprensa está consagrada na Constituição, mas o Estado nem sempre viveu bem com ela. Ana Sá Lopes, editorial, Público , 21.01.15   Olhando para aquilo que os portugueses ouviram e leram – infelizmente são cada vez menos os que leem e escutam, não são? – recentemente, sobre uma realidade carrancuda e temerária que nos diz que dois jornalistas em Portugal teriam sido espiados, seguidos ou controlados, há uma dor preocupante que percorre a democracia em Portugal: a liberdade está em causa . E quando assim é!   Sendo sério e perigoso este acontecimento, o que na verdade não deixa dormir sossegadamente é o silêncio de quem tem responsabilidades públicas. E ocupa lugares de destaque na estrutura dirigente em Portugal.   E o que escreveu, no seu texto de editorial no jornal Público , na edição do passado dia 15 Ana Sá Lopes, devia tirar-nos o sono. Pelo silêncio apático e pelo querer ficar bem na fotografia. Recordo uma das afirmações de Ana Sá Lopes:   Marcelo

Confiança sobrenatural

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Teatro é paixão. Se não, não é teatro. Teatro é amar os outros. Se não, não é teatro. Pode até ser fé, mas não uma religião, pois não pode defender a exclusão e o ódio, como as religiões muitas vezes têm feito. Rui Mendes, ator e encenador, Público , 18.04.11   Realidades pandémicas em Portugal: desde março do ano passado, quando foi decretada a pandemia, já foram cancelados cerca de 27 mil espetáculos , leio na edição do passado dia 13 de janeiro do Jornal de Noticias . Se os dias destes atores da sociedade portuguesa já estavam pelas ruas da amargura, haverá alguma homilia, proferida de um qualquer púlpito deste país cada vez mais discriminatório , que ofereça a graça do perdão – ou será alívio? – das dores a quem vai perdendo palco e as suas vidas?  

Clerezia insurreta

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Pensávamos que nos tínhamos libertado de Deus, mas não, parece que Deus está a voltar e, com Deus, vem toda a violência, vem o fanatismo. Adolfo Luxúria Canibal, Ípsilon , 19.09.27 Deuses de pedra rasgando os desejos; todos os desejos de fraqueza e fragilidade. Crenças? As pessoas vão e chegam, só os problemas se mantêm. Se quisesse ser dono da verdade fundava uma religião… Que coisa! A culpa e a religião sempre se misturaram, bem sabes. Sim, sim! Manuel Pinto ( 7Margens , 21.01.09), olhando os dias violentos que nos destroem, deixa-nos uma dica : É oportuno recordar a intervenção de um arcebispo católico [ Carlo Maria Vigano] , escondido em parte incerta e inimigo figadal do Papa Francisco, que promoveu novenas e fez protestos de adesão à presidência de Trump e que voltou, nestes dias mais recentes a entrar em ação . Deus é paciente! Se calhar! Mas voltemos a olhar para o que Manuel Pinto escreveu no 7Margens do dia seguinte: Perante um Presidente que, em lugar de unir

Destruindo o ego *

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  Quando Trump se for embora levará com ele a saída de emergência de milhares de cronistas encurralados. Miguel Esteve Cardoso, Público , 21.01.12   É terrível; um relógio vermelho batendo a hora fatídica sem a sentir. Mas ela existe, sabes? E tudo fica desfeito, as pessoas ficam em pânico, incrédulas e incapazes de reagir… … que destruição gigante! O pior é que há tanta gente a fomentar a destruição dos fins de tarde; gente com responsabilidades enormes nos dias… ... como nos filmes de ficção? Não é filme nenhum! Olha só para as palavras de Bruno Viera Amaral (E, 21.01.15): quem diria que o Capitólio dos Estados Unidos, em vez de ser destruído por extraterrestres ou invadidos por terroristas estrangeiros, serviria de palco a um dos mais bizarros ajuntamentos zoológicos da história da Humanidade? Deuses nórdicos, negacionistas, trumpistas, aves raras, teóricos da conspiração . É já amanhã que tudo muda ou teremos mais uma hora fatídica ? * Ou será uma observação gasta

olhar da semana

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Nestes tempos tão duros, enfraquecer a esquerda parlamentar , no meu entender, é mais grave do que o lugar que agora vai ocupar Ventura . É daqui até às legislativas que se tem de fazer o trabalho. Tersa Villaverde, realizadora, Público , 21.05.12

Existência defensível

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Nesta foto de 2017,   as lagoas de Bertiandos ( Bertiandos e São Pedro de Arcos);  uma paisagem protegida, parte integrante da Reserva Ecológica Nacional, incluída na Rede Natura 2000.   Há uma arrogância humana lamentável na forma como se menospreza o ambiente e os seres humanos. António Damásio, Público , 20.11.29 1. Diz o povo que a água de janeiro vale dinheiro. O povo sabe sempre do que fala. E falar de janeiro não é, apenas falar do valor da água ou do primeiro mês do ano nos calendários juliano e gregoriano – uma homenagem a Jano, o deus do começo na mitologia romana; com duas faces, uma olhando para o passado e outra enfrentando o futuro – é sempre dar caminho à primeira lua nova depois do solstício de inverno, com novas mudanças de vida.   2. João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente, diz-nos ( Expresso , 20.02.22) que “ temos de mudar de vida ”. E, por isso, “ temos um enorme desafio pela frente ” que deve ser tomado por cada um de nós, com as nossas mãos, resolv

Força dos factos

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O futuro será pela ferrovia. Rogério Mota, num debate organizado pela AJEG, Mais Guimarães , 20.01.13 Entre a realidade e a ilusão dos políticos existe uma realidade incontestável: Só 5%dos quilómetros previstos no Ferrovia 2020 estão concluídos . * Este título do jornal Público que mostra pela mão do senhor Carlos Cipriano – ninguém mais em Portugal conhece a realidade da ferrovia do que este jornalista – como em Portugal tudo serve para fazer de conta. Um tal de… como era mesmo o nome do senhor? Ah! Pedro Marques largou o governo do senhor Costa e foi para Bruxelas – pelos vistos era para ser comissário! Ora toma! Sem um centímetro de novidades. Mas é assim que se endeusam certos políticos de trazer ao ombro (do parceiro)!   Infelizmente a realidade que Carlos Cipriano conta com todos os números (e palavras, claro!) não deixa ilusões. Muito mais aqueles que ainda acreditam numa ligação ferroviária entre as duas principais cidades de entre o Ave e o Cávado. Ah! Para

melodia da promessa

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  um limite negro cobre a cidade dos ruídos carros sem alma aceleram a pressa de existir e incendeiam o branco atávico das caras gastas na água escura dos dédalos formais ferem o vazio da festa caótica dos dias. é o fim da música da palavra perdida na língua das borboletas que erram na cata das raízes do Homem

Olhar (local) de semana

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Em Guimarães, o que temos é um território que resulta de u m período alargado de ocupação humana com demasiada liberdad e , possibilitada por um Plano Diretor Municipal (PDM) com áreas de construção manifestamente exageradas e um regulamento com interpretação discricionária. José Cunha, reflexodigital, 21.01.07

Observação gasta

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Não esqueçamos o ódio vindo da direita musculada. A prazo será igualmente mortífero. Maria João Marques, Público , 20.10.21   1. Perde-se logo pela manhã a raridade da abertura do espírito e toma-se em pequenas pitadas ao pequeno-almoço o ódio – quase sempre já adulto – que nos sustenta as noites violentas… … espera! Que estás para aí a dizer? … Ou rasgadas. Já não há certezas. Nem uma! O Daniel Oliveira ( Expresso , 21.01.07) abre-te os olhos: para quem julga que as palavras não são atos, aqui está a resposta. As palavras de Trump foramm criando um caldo de fanatização que só podia acabar nisto. Mas Trump não alimentou esta tentativa de golpe de Estado sozinho. Tal como cá, não foram apenas as convicções que excitaram os incendiários .   2. É por isso que não paras de falar em ódio? O ainda presidente da suposta maior democracia do mundo não é dos que adoram as vertigens desmoronadoras das novidades impressas na dor e na caixa registadora… … que já não proporcionam nenhum encanto. I

Medo do futuro

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A realidade mostra como a política do medo é sempre construída em cima da propaganda. Pedro Filipe Soares, Público, 20.01.10 Há uma onda de medo em terra; percorrendo o planeta de lé-a-lés, sabes? E o pior é que o medo tornou-se o tic-tac mais ouvido por todo o lado; em todos os ouvidos serenos. Estás com medo de quê? Do mundo, deste mundo à deriva. Sem líderes hábeis . E, acredita, não considero nada exageradas estas palavras de Henrique Raposo ( Expresso , 21.01.07): a tarde de 6 de janeiro é o episódio mais grave deste século. É pior que o 11 de setembro, é pior do que o Bataclan, é pior do que a crise de 2008, é pior do que a pandemia, porque nos indica um futuro possível que é terrível e, sim, apocalíptico . Se calhar! O que aquela tropa parva e sem lei fez não é só doloroso e violento é um precedente perigosíssimo para a democracia. Nem mais! Foi isso mesmo que escreveu António Barreto ( Público , 21.01.09): avistar uns labregos desalinhados nos gabinetes dos mais alto

Olhar da semana

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Já sei que falsificação é uma palavra esdrúxula no vocabulário oficial, onde se escreve e deve escrever lapso. Aproveito o argumento para dizer que a palavra falsificação, escrita por mim, foi um lapso. E u m lapso dos meus serviços, que são constituídos por um grupo de desmazelados e desmiolados . Henrique Monteiro, Expresso , 21.01.06

Fado velho

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Há conceitos, palavras que criam à sua volta uma problemática ou um espaço de pensamento, que de repente ganham evidência e ficam mais próximos da nossa realidade. António Guerreiro, Ípsilon , 17.06.23   1 . Enquanto em Guimarães ficamos sem transportes públicos no pico da pandemia e muito limitados nos meses seguintes, assistimos, em outros concelhos, precisamente o contrário , escreve Bruno Fernandes na edição do passado dia 10 de dezembro do reflexodigital . Tal afirmação – cuja veracidade contesto – leva-me a questionar a realidade vivida, por exemplo, no vale do Ave. Seja em transportes reais; públicos, seja nos desejos de transportes que, politica e partidariamente, inventamos.   2 . O que o dia-a-dia me vai mostrando e dizendo é que – seja na Trofa, em Vizela, Santo Tirso, Vila Nova de Famalicão ou Guimarães (não foi por acaso esta ordem) –, os transportes públicos são como sempre foram. Não o caos desenhado por Bruno Fernandes que continua a sonhar com todas as realidades econó

Caído do céu

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Se o escritor tem medo do horror, o melhor é arrumar a caneta. Se o escritor não tem coragem, então dedique-se à criação de galinholas. Rui Nunes, E , 20.03.07   Há realidades na vida de cada um de nós que fazem a diferença; diferenças. E há uma ou outra diferença – há, não se duvide – que é para melhor. Uma realidade que faz a diferença! E esta verdade que acontece com cada um de nós, estende-se também às instituições ou aos jornais. É verdade!   Quem lê o quinzenário O Conquistador percebe imediatamente que as noticias saídas do município de Guimarães são emanadas do “ Município de Guimarães Comunicação ” . Não são, nunca forma (pelo menos nos últimos tempos) textos da redação dos jornais.   Se lermos as mesmas notícias em muitos órgãos de comunicação social até parece que houve jornalistas a tratar as notas de imprensa saídas de Santa Clara. Que triste anda o jornalismo por alguns sítios! E a verdade é que isso acontece em Guimarães, Braga e no Minho. Dúvidas

Beleza doméstica

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A pandemia ensina-nos que somos uma das muitas espécies na Terra, que temos um corpo frágil e mortal e que as nossas possibilidades são limitadas. Olga Tokarczuk, Prémio Nobel da Literatura, E , 20.08.08   A camisola interior que – dizem os especialistas da coisa – se tornou saloia , não daria uma imagem menos saloia a quem se põe todo à mostra para que vacina entre?   Bom fim-de-semana.  

Direto ao coração

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 foto: Margarida Davim  (jornal i) A vida resume-se a relações de poder. Jonathan Littell, E , 19.01.05 Assim, de repente e sem nenhuma explicação aparente, lembrei-me que o mundo tem o senhor Durão. Barroso. Um senhor que passa pelas Lajes, cumprimenta Bush e Aznar, segue para uma entidade bancária – é mesmo um banco, não é? – e agora, assim do nada, é presidente do Conselho   da Aliança Global para as vacinas. O mundo é mesmo um lugar estranho!   Há uma entrevista ao senhor (páginas 10 e 11) na última edição (20.12.31) do semanário Expresso , conduzida por Cristina Peres, que é muito amiga dos esclarecimentos.

Campeão em suspenso

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foto: arquivo.famatv.pt   Temos de ter a certeza de que só falamos do que sabemos e de que concordamos naquilo que não sabemos. Hubert Reeves, astrofísico, 88 anos, E , 20.04.25   Jorge Jesus? Não faço a mínima ideia quem é! Ah! Lembro-me de um jogador do Grupo Desportivo Riopele aí pelo ano de 1978 com o nome de Jesus, mas não acredito que o Jorge Jesus que procuras seja a mesma pessoa simpática e humilde dos anos setenta.

sonhos de grandeza

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  um olhar; uma máscara – outro olhar! o espanto depois olhamo-nos   enquanto tentas esconder o vazio da tua presença! seguimos   em frente; sempre em frente num outro olhar