Observação gasta

Não esqueçamos o ódio vindo da direita musculada. A prazo será igualmente mortífero.

Maria João Marques, Público, 20.10.21

 

1. Perde-se logo pela manhã a raridade da abertura do espírito e toma-se em pequenas pitadas ao pequeno-almoço o ódio – quase sempre já adulto – que nos sustenta as noites violentas…

… espera! Que estás para aí a dizer?

… Ou rasgadas. Já não há certezas. Nem uma! O Daniel Oliveira (Expresso, 21.01.07) abre-te os olhos: para quem julga que as palavras não são atos, aqui está a resposta. As palavras de Trump foramm criando um caldo de fanatização que só podia acabar nisto. Mas Trump não alimentou esta tentativa de golpe de Estado sozinho. Tal como cá, não foram apenas as convicções que excitaram os incendiários.

 

2. É por isso que não paras de falar em ódio?

O ainda presidente da suposta maior democracia do mundo não é dos que adoram as vertigens desmoronadoras das novidades impressas na dor e na caixa registadora…

… que já não proporcionam nenhum encanto.

Isso, isso! Sabes o resto, pois sabes? Onde estão, então, todas as certezas que viviam por nós e connosco? ...

... à procura de afirmação e vivendo em mundos paralelos e ilusórios encontro os dias do ódio sem esperança no futuro. Os sentimentos são falsos.

 

3. Não gosto de alimentar ódios. Mas olha bem para este dedo na ferida: Trump e outros como ele são possíveis porque os democratas-cristãos, os socialistas e os sociais-democratas estão disponíveis para fechar o regime político, diminuir as liberdades públicas, defender os funcionários de Estado, proteger as minorias amigas, aumentar infinitamente os impostos, coartar a iniciativa privada, oprimir a liberdade económica e empresarial e desprezar os reflexo de grande parte da população relativamente a problemas de cultura, religião e comportamento. (António Barreto, Público, 21.01.09)

 

E quem nos dias que correm está preocupado com as dores e os apelos das pessoas?

 

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