A liberdade de imprensa está consagrada na Constituição, mas o Estado nem sempre viveu bem com ela.
Ana Sá Lopes, editorial, Público, 21.01.15
Olhando para
aquilo que os portugueses ouviram e leram – infelizmente são cada vez menos os
que leem e escutam, não são? – recentemente, sobre uma realidade carrancuda e
temerária que nos diz que dois jornalistas em Portugal teriam sido espiados,
seguidos ou controlados, há uma dor preocupante que percorre a democracia em
Portugal: a liberdade está em causa. E quando assim é!
Sendo sério e
perigoso este acontecimento, o que na verdade não deixa dormir sossegadamente é
o silêncio de quem tem responsabilidades públicas. E ocupa lugares de destaque
na estrutura dirigente em Portugal.
E o que escreveu, no seu texto de editorial no jornal Público, na edição do passado dia 15 Ana Sá Lopes, devia tirar-nos o sono. Pelo silêncio apático e pelo querer ficar bem na fotografia.
Recordo uma das afirmações de Ana Sá Lopes: Marcelo é hoje Presidente da República e tem que se pronunciar sobre este inqualificável ataque à liberdade de imprensa. O ataque à liberdade de imprensa é agora muito mais grave do que aquele que aconteceu com a sua dispensa da TVI.
Por via de qualquer tipo de dúvidas convido a um olhar atento a estas palavras do anterior diretor do semanário Expresso (21.01.15) Pedro Santos Guerreiro: espiar jornalistas para descobrir as suas fontes não é atacar jornalistas e fontes, é atacá-lo a si. Desde logo, porque a liberdade de imprensa está protegida constitucionalmente e ninguém, nem a Justiça, tem o direito de utilizar os seus interesses para benefício próprio.
Mas será que a
maioria de nós terá percebido (e continua a perceber) o que se passou?
PS
– Gosto desta tomada de posição em defesa de uma comunicação social livre!
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