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A mostrar mensagens de outubro, 2020

Conspeção de incremento

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foto: expresso.pt Não vamos pôr apenas uma máquina no AvePark; vamos pôr máquinas e pessoas a trabalhar com essas máquinas. Rui Oliveira, coordenador do Centro de Computação Avançada do Minho , Expresso ( Economia ), 20.10.24

deuses escravizados

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desconforto era silêncio; desejo de desassossegar deus entra em campo – detesto a ausência do sonho! uma deusa enrolada; deusa da lua traz a devastação da privação. fica o silêncio desconfortante.

Aprisionante discussão

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  Francisco publicou uma encíclica histórica, “ Frateli Tutti ”, com orientações proféticas para o futuro de uma Humanidade ameaçada e desorientada e ela passou quase despercebida; veio agora declarar que os casais homossexuais têm direito a uma cobertura legal, e isso é uma das maiores notícias. Isto revela bem a obsessão que a Igreja tem vivido . Anselmo Borges, Expresso, 20.10.24

Assuntos paralelos

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As gerações que combateram a ditadura vão chegando às camas dos hospitais e aos sofás dos lares. Sandra Monteiro, le Monde diplomatique , setembro 2020   o futuro do futuro? ora vamos lá avivar a memória. é mesmo necessário antecipar o futuro? sim; naturalmente. até porque o devir se apresenta tremendo. aqui e por aí… aqui e por aí? o que é isso? nada e tudo, na verdade. há quem insista em atirar tudo para o futuro, um futuro que pode ser muito distante, longínquo e sem regresso. ah! enquanto esquecemos o futuro vejo um homem a rir. sempre a rir; incapaz de parar tamanha alegria. estás a pensar nas palavras de Clara Ferreira Alves ( E , 20.10.24) – António Costa perdeu a bússola ou deixou-a esquecida num canto. E vai a caminho de perder a autoridade . também. li, como sempre as palavras de Clara Ferreira Alves e, apesar de saber muito bem como os órgãos de comunicação também são capazes de criar factos políticos, o que aconteceu nos últimos dias ao nível da governação do meu país faz

Olhar da semana

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  Claro que podemos e devemos discutir política keynesiana ou incentivar à economia quando olhamos para o Orçamento de Estado. Mas sem esquecer que enquanto o fazemos, há famílias no limite da sobrevivência. As empresas não morrem à fome. João Silvestre, Expresso ( Economia ), 20.10.24

anatomia do mistério

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hoje não vamos; não vamos não. é pela chuva copiosa; não vamos   o frio é do mais intenso enfadonho. vamos depois? sim!   todos vamos para o frio do fim

Artistas inseguros II

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Guimarães é um concelho com enorme potencial e os vimaranenses demonstraram ao longo dos séculos capacidade de se superarem , tornando-se em muitas alturas exemplos em diversas áreas, para o país e para o mundo. Eliseu Sampaio, editorial, Mais Guimarães O Jornal , 17.09.29   O Programa Nacional de Investimentos 2030 contempla a criação de uma ligação ferroviária de alta velocidade entre as cidades do Porto e de Vigo. E, por via dessa nova infraestrutura, a cidade de Braga ficará servida de forma excelente no que à ferrovia diz respeito. Será que Guimarães não pode também seguir até Vigo, ou seja, Valença e o Alto Minho, de comboio; em velocidade dos tempos que por aí vêm?   Nota de rodapé – O aeroporto Sá Carneiro, na Maia, será o único em Portugal ligado à ferrovia. Assim sendo, os vimaranenses que pretenderem chegar àquele aeroporto demorarão três vezes mais tempo do que os portuenses demorarão a chegar a Vigo. De comboio, evidentemente!

Artistas inseguros

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Os tempos mais hipócritas são os mais puritanos. Angelica Liddell, E , 17.09.24 Será mesmo verdade que a aposta do governo do senhor Costa na modernização da ferrovia vai deixar Guimarães a ver navios? Sendo certo que, por via das dores causadas pelo estupor do vírus destruidor, o Alfa Pendular não chega à cidade-berço desde o passado dia 25 de março, não estou a ver Pedro Nuno Santos a fazer de conta que não sabe onde fica a cidade fundadora da sua e nossa nacionalidade. Espero que não seja uma ingenuidade minha esta fé na manutenção – melhorada, evidentemente! – da ligação entre a primeira capital portuguesa e a capital centralista e de todos os interesses.  

Rigor nos dias que correm

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Enquanto não mudarmos a nossa maneira de ser a este respeito [“ temos muito que evoluir em termos de respeito pelas regras estabelecidas ”] vai ser difícil mudar alguma coisa . Na pandemia e sobretudo depois de a pandemia desaparecer. José João Torrinha, Mais Guimarães , 20.10.21

Olhar da semana

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João Semedo disse o que tem que ser repetido, uma vez mais, sobre a pretensão de convocar um referendo sobre a despenalização da morte assistida: “ um referendo sobre os direitos individuais é virar a democracia de pernas para o ar; é virar a democracia contra ela própria, é admitir que um direito que é de todos possa ser retirado por alguns ". José Manuel Pureza, Expresso , 20.10.10

algar do desejo

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a água desta tarde correndo sinto de feição; perene e intensa assisti do espaço por onde passei contigo.   perscruto a fúria dessa água interior; transparente – não há dias iguais; bem sabes! cá por cima o nevoeiro, o verde e o silêncio agarram-me à terra.  

Apatia sistémica

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Foto: noticiasdecoimbra.pt A covid-19 é um vírus, de facto, muito original e com caminhos tão misteriosos que Gente se interroga como foi possível contaminar Manuel Heitor, que ao longo dos últimos anos terá sido o governante que mais distanciamento praticou . Gente, Expresso , 20.10.17

Anúncio contaminado

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Quando a pandemia for usada para asfixiar a vivência democrática, a única resposta proporcional será a desobediência civil. M. Patrão Neves, professora catedrática de Ética, Público , 20.10.19   Tolice sem limites! É melhor não ir. Fico a olhar a estrada. Bem sabes que a memória é curta. Principalmente a memória dos homens dos nossos dias. Anda!, vem comigo. Vamos ver a noite nos campos. Faz bem à indiferença com que olhamos os dias. Convenceste-me. Enquanto caminhamos presta atenção a estas palavras de Susana Peralta, no jornal Público , da passada sexta-feira: esta semana o Governo entrou oficialmente em derrapagem com a ideia de nos obrigar a andar com uma aplicação de rastreamento de contatos no telefone . Ui! Querem saber se vamos para o campo, agora? É isso. Podes cumprimentar o cão, dizer-lhe olá de forma mais efusiva do que caminhas todas as manhãs pelo quintal e pela vida. Quem sabe! Entretanto escuta esta afirmação: um Governo fazer uma proposta com esta gra

Da calma à euforia *

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Os crentes continuarão a pedir a Deus que não se esqueça dos esquecidos de tudo, mas faziam melhor se pedissem à assembleia orante que não esqueça da primeira e última pergunta de Deus: que fizeste do teu irmão. Bento Domingues, Público , 20.09.27   amor e exilio, amor infatigável, amor na morte para! cruzar gerações – bem sabes, é cruzar o fim do mundo o quê? o que é que te deu? de que falas? da realidade! desafio-te a pensar nesta afirmação de Anselmo Borges ( E , 20.08.15): a visão do papa Francisco a caminhar sozinho na praça de São Pedro completamente deserta será certamente uma das limagens mais fortes que ficará desta calamidade pandémica . ena! desafio aceite. tomara que os destinatários destas palavras prestassem atenção a este professor; também presbítero católico!   pronto! aqui chegados só posso olhar para as palavras de Pacheco Pereira ( Público , 20.08.29) – c omo se pode ser mais bem preparado sem ler? * toda a vida [de Jesus] foi revolucionária, po

Angústia e morte

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A natureza não nos pertence, nós é que pertencemos à natureza. Isto é o que sempre pensaram os indígenas das américas ou os camponeses da África. Boaventura de Sousa Santos, i , 20.08.28   Segundo um estudo relativo à sustentabilidade publicado no caderno de Economia do semanário Expresso (20.10.10) a faixa etária entre os 18 e os 24 anos é , “ a par com os mais idosos, a que menos recicla ” os equipamentos elétricos e eletrónicos. Porque será? A peça, com assinatura de Fátima Ferrão – que sublinha a importância da “ entrega premiad a ” como possível solução – aponta o caminho de “ mais informação sobre o impacto ambiental e na saúde . Mas será só a falta de informação? E o desinteresse da Escola não terá uma palavra nesta má realidade ambiental?

anarquia controlada

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podemos comer o silêncio? espera lá eu não estou aí! silêncio.   aquilo que nos separa também nos une? sei lá! aprendamos o valor do silêncio.   ah! já fomos o que vamos ser? silêncio perfeito; total

E o público vai ou não vai *

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O que fica são as grandes coisas da cultura. O resto é efémero. A economia tem de perceber que um país cosmopolita e culto é competitivo. José Teixeira, presidente da dst , Público , 20.03.08   Será o público; aquele que vai aos espetáculos culturais, um público rural – público rural; aquele que em alguns sítios só sai de casa para ir à missa? Será por isso que nos diferentes espetáculos programados nas cidades há cada vez menos pessoas dispostas a saírem das suas aldeias para usufruírem de coisas lindas que, quer as autarquias, quer as associações ou novas realidades criativas, vão escrevendo nas agendas e levando aos palcos?   PS – Infelizmente esta reflexão – já escrita há uns tempinhos –, perdeu alguma atualidade por via de um vírus tremendo que fez dos humanos uns pobres desgraçados atrás de umas grades pouco dadas às coisas da cultura!   Uma nota diferente : na sexta-feira passada assisti a um concerto da orquestra de Guimarães  no Centro Cultural Vila Flor muito interessante.  F

Andar ao contrário

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Já ninguém está sozinho, estamos demasiado ocupados com os nossos telefones. É uma toxicodependência cósmica. Ian Svenominus, Ípsilon , 20.09.11   1. Na Horta Pedagógica de Guimarães é proibida a entrada a animais . Está bem clara a sinalização em mais do que um local daquele espaço fabuloso. Infelizmente o que tenho visto quando por ali vou correr, e vou com muita regularidade, é que ninguém quer saber da sinalização existente . Ou faz de conta que a não vê. E porque sabe que ninguém lhes chamará à atenção ; não tenho memória de por ali ver a Policia. E não estou a pensar na PSP, não! E depois os problemas naquele espaço de excelência de Guimarães não param de crescer. Pessoalmente já mais do que uma vez que tive que fugir a alguns cães com os donos a berrarem: " não faz mal, não faz mal "! Mas fazem e eu já senti.   2. Daí que, por hoje, o que me traz outra vez ao assunto é o filme que assisti num destes dias. Que filme! De um lado um cão jovem; cachorr

Mentiras e má memória

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Vou começar a escrever sobre temas sérios e intelectuais, esta gente pensa que conheço os truques todos. José Gameiro, E , 20.09.26   Esse foi o teatro que te deu visibilidade; uma visibilidade cada vez mais enganadora. A irresponsabilidade é irreverente, sabes? A batalha foi ganha, é isso?; vamos lá espreitar os bastidores Queres mesmo? Claro, ver o mundo: mau como ele é. Desacertos do real, desassossegos e descobertas reais. Que desassossego! O charme da mentira tem uma dimensão infinita. Ui! Olha com atenção para estas palavras de Pedro Santos Guerreiro ( Expresso , 20.10.10): ou o Governo mudou a postura ou o PS perdeu a compostura . Não entendo O antigo diretor do semanário Expresso dá-te outra dica: Ou o PS já não tem medo das aparências ou está com tanto medo de perder o poder que usa o tempo que resta para distribuir lugares . Pois é, será por isso que Helena Pereira ( Público , 20.10.09) afirmava que há mistérios na vida politica. Podemos chamar-lhe m

olhar da semana

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  Se ouvirmos o que tem sido dito em Portugal, a burocracia do Estado é um mito urbano . Agora que o Governo propôs mudar o Código dos Contratos Públicos para “simplificar” a forma como o Estado faz contatos, a burocracia morreu, aleluia . Bárbara Reis, Público , 20.10.09

regresso ao passado

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  ao lado do campo; lá em cima, lembras-te? há um parque onde só o talento pode permanecer; pode até ser um luxo, mas é sempre luz; sedenta esperança (turbina quente em luta pelo tempo real)   corpo a corpo com a magia da terra; com a magia das flores – magia no ar – magia e sedução – o tanque de pedra grande. sessenta desabafos sobre nós. sessenta! (turbina quente em luta pelo tempo real)   e nós?  o tempo de nós ficou-se na estrada fria e escabrosa ou no parque ao lado do campo de futebol. ou no parque  vaidoso  junto ao rio onde os senhores bebiam chã quente? não sei foi na minha terra de nascimento; de certeza!

Aqui há talento

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No Portugal de 2020, ter um pivô negro a apresentar o noticiário é notícia. Bruno Vieira Amaral, E, 20.10.03   Entre a aparência caótica da aposta no jogo da sedução e tudo aquilo que nos une, há talento; criação. Um talento que se faz das palavras mais estranhas realidades preocupantes; sim! mas verdadeiras. A sério! Na dúvida convido a ler Pedro Filipe Soares ( Público , 20.10.02) de onde guardei esta ideia: O otimista irritante passou a pessimista intermitente.  

Atlas da inquietude

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  Quando é que deixamos de tratar os velhinhos como criancinhas e lhes pedimos a opinião? Luís Aguiar-Conraria, Expresso , 20.10.03   Bater na cara é humilhante; sempre escutei esta verdade preocupante desde os tempos em que na escola primária vi uma professora a fazer do meu colega de carteira uma criança sempre em pânico. Mas o que aconteceu naquela sala de cima da escola de Pardelhas nunca me saiu da memória. Cresceu hoje ao ler estas palavras do filósofo e ensaísta Bernard-Henri Lévy: cruéis e feias, as máscaras abateram-se como um fatum sobre os rostos de cada um . E ficou profundamente vincada por este olhar de Carla Rodrigues ( Igreja Viva , 20.10.01): ao longo dos séculos a barbárie racista tem manchado de sangue páginas e páginas da história da humanidade .

atração e repulsa

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  Quando brancos ricos, de forma errada, transferem a culpa do seu impacto ambiental para a taxa de natalidade de negros ou morenos, muito mais pobres, a sua chamada de atenção reforça as narrativas. E é inerentemente racista. Goerge Moubiot, cronista do The Guradian , citado pro António rodrigues, Público , 20.08.28   continuávamos a ir ao parque, lembras-te? não líamos contos cruéis, apenas contos à lupa, pintados sobre as paredes da infância. só que, repentinamente o teólogo Leonardo Boff ( Fraternizar , junho 2020) – uma coisa ficou clara a propósito do covid-19: caiu um meteoro rasante em cima do capitalismo neoliberal desmantelando o seu ideário. Ele ficou gravemente ferido – soprou-nos ao ouvido o óbvio e nós, não coramos de vergonha nem ficamos de coração partido; passamos mesmo por cima das cores da sombra   e pronto! no início da noite fomos ver o filme da escola para a marginalidade de manhã levantamo-nos de costas voltadas para os dias que continuam

Realidades doentias

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  Quando se começa a adulterar muito uma coisa é sinal que o original corre perigo. Miguel Esteve Cardoso, Público , 20.08.21   Quando vejo por aí – nas redes sociais, pois claro! – pessoas com mais idade a mostrarem-se à varanda fico em pânico; incapaz de reagir . Só penso em imagens graves e muito intensas de outros tempos e outros espaços. Maquiavélicos e destruidores. Na dúvida aconselho a leitura de um senhor que sabe do que fala, Richard Zimler e os seus dez espelhos . Mesmo ficando sempre preso às dores de Primo Levi  no seu  livro  se isto é um homem .   PS – aos senhores que fecham lares e matam em vida as pessoas que não sentem nem tocam nos seus entes queridos faço um desafio: os lares-prisão que o professor de Economia da Universidade do Minho publica no semanário  Expresso   do último sábado dar-vos-á, seguramente, uma resposta. A não ser que queiram continuar cegos, mudos e insensíveis à dor dos dias. Por mim, que sei bem e de muito pero do que falo, só