Andar ao contrário

Já ninguém está sozinho, estamos demasiado ocupados com os nossos telefones. É uma toxicodependência cósmica.

Ian Svenominus, Ípsilon, 20.09.11

 

1. Na Horta Pedagógica de Guimarães é proibida a entrada a animais. Está bem clara a sinalização em mais do que um local daquele espaço fabuloso.

Infelizmente o que tenho visto quando por ali vou correr, e vou com muita regularidade, é que ninguém quer saber da sinalização existente. Ou faz de conta que a não vê. E porque sabe que ninguém lhes chamará à atenção; não tenho memória de por ali ver a Policia. E não estou a pensar na PSP, não!

E depois os problemas naquele espaço de excelência de Guimarães não param de crescer.

Pessoalmente já mais do que uma vez que tive que fugir a alguns cães com os donos a berrarem: "não faz mal, não faz mal"! Mas fazem e eu já senti.

 

2. Daí que, por hoje, o que me traz outra vez ao assunto é o filme que assisti num destes dias. Que filme!

De um lado um cão jovem; cachorro cheio de vida; com uma cor linda (gosto de cães desta cor) e preso numa trela que o dono se vê grego para aguentar – já tive que saltar a uma investida deste animal! Do outro lado duas mulheres e dois cães, sem trela, embora as trelas estivesse na mão das senhoras. O cão que já me saltou atirou- se em salto a fazer lembrar outros voos a um dos cães das senhoras; o maior. Foi o bom e o bonito! Perdão!, foi assustador. Terrível!

O dono do cão, ainda cachorro, berra mais do que uma vez contra as senhoras. Que os seus cães tinham que estar presos numa trela (o dele tinha trela, sim senhor!).e, vai daí não tem mais nada, enfia um valente pontapé no cão das senhoras; o maior. Foi violento o estupor do pontapé! Até a mim me doeu! Ai se uma associação de defesa dos animais visse aquilo! 

2.1. E, depois, é que foi lindo de ver três mulheres atirando tudo para cima do cão ainda cachorro, mas já corpulento como um cavalo!; e do dono do dito.

As mulheres furibundas – berrando em voz alta, que conhecem o dono do cão em questão; o tal animal que foi o cerne da guerra canina na Horta Pedagógica de Guimarães (sublinho as maiúsculas na designação institucional) – berraram bem alto, antes de se afastarem sob a travessia da variante, que vão fazer queixa à polícia.

 

3. Por mim, até parei de correr para admirar aquele momento fílmico digno do melhor realizador do mundo.

Mas não deixei de olhar para a placa; mesmo ao lado: proibido a entrada de animais.

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