Realidades doentias


 Quando se começa a adulterar muito uma coisa é sinal que o original corre perigo.

Miguel Esteve Cardoso, Público, 20.08.21

 

Quando vejo por aí – nas redes sociais, pois claro! – pessoas com mais idade a mostrarem-se à varanda fico em pânico; incapaz de reagir.

Só penso em imagens graves e muito intensas de outros tempos e outros espaços. Maquiavélicos e destruidores.

Na dúvida aconselho a leitura de um senhor que sabe do que fala, Richard Zimler e os seus dez espelhos. Mesmo ficando sempre preso às dores de Primo Levi no seu  livro se isto é um homem.

 

PS – aos senhores que fecham lares e matam em vida as pessoas que não sentem nem tocam nos seus entes queridos faço um desafio: os lares-prisão que o professor de Economia da Universidade do Minho publica no semanário Expresso do último sábado dar-vos-á, seguramente, uma resposta. A não ser que queiram continuar cegos, mudos e insensíveis à dor dos dias. Por mim, que sei bem e de muito pero do que falo, só me resta um desejo: a melhor memória dos meus é a da presença; nunca será a da ausência.

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