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A mostrar mensagens de fevereiro, 2020

Poder do exemplo

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O homem está farto da grandeza dos grandes. Vitorino Silva (Tino de Rans),   Diário de Noticias , 19.02.09 Lendo o semanário Expresso (20.02.22) deparo-me com esta afirmação no texto de editorial : violência e criminalidade, no mundo do futebol, têm razões que a razão desconhece. Pior, têm leis e regras próprias que erguem esse mundo como um Estado dentro do Estado . Tal e qual! Muito próximo do texto que o anterior diretor daquele semanário havia escrito há duas edições atrás . Concordando em absoluto com esta preocupação, considero, no entanto, que urge olhar noutra direção. Na verdade, e tratando-se de olhares com responsabilidades acrescidas pelo alcance atingido, importa que se questione o que está a ser feito. E que se diga (mostrando caminho) o que fazer para que esta realidade não cresça ao ritmo que se vem intensificando. E isso, um órgão de comunicação como o Expresso – integrado num grupo de comunicação com forte impacto junto das pessoa

Anda tudo distraído?

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Há que tempos que a politica se não decide nas praças : há que tempos sabemos que um corte de autoestrada tem mais impacto do que as marchas nas ruas. Álvaro Domingues, Público , 20.02.16

quanto custa o futuro?

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em maré de protestos; há um mar aberto de gritos intensos; tão frios! piegas – gosto de refletir; escrevendo – no papel e no ecrã – a dúvida sobre o voto do medo ou o voo do susto; num tempo de liberdade vigiada… tempos de protestos; tempos que arrepiam! podemos reconstruir a cultura de nós; solidária? vivemos em tempo de valores frágeis! tempos impossíveis de pensamento nómada. desenhado na tortura da felicidade apressada; sem cadência. tempos perdidos na escuridão. sem fascínio pela paisagem. convido-te à indignação ou vou á rua comprar castanhas?

Cenário de liturgia

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foto Nelson Garrido ( Público ) Maravilha-me que haja refúgios e momentos de harmonia e de poesia. Pilar Del Rio, E , 17.04.22 Nuno Faria é o diretor artístico do Museu Cidade do Porto . O jornal Público – página 38 e numa peça de Ana Rita Moutinho – escreve em título que o Museu Cidade do Porto é como uma linha de metro: sempre em expansão . Mesmo ao jeito de Nuno Faria! Sempre pronto a novas velocidades e olhares construtores de devires e desejo de normalidade. Fico só com uma valente dor de cotovelo – sim, porque o Nuno Faria deixou-nos. Em Guimarães; ali no CIAJG. Felicidades Nuno Faria! Mas quem tem uma bitola de trabalho como o Nuno Faria só pode ter sucesso. Nós, por cá, é que temos saudadas tuas, Nuno.

Ainda pensas que és uma joia em bruto?

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É ainda mais difícil encontrar lixo debaixo de um tapete se o tapete for voador. Pedro Santos Guerreiro, Expresso , 19.02.23 Parece que “os bracarenses perdem 89 horas por ano nas filas de trânsito ” leio no Diário do Minho (20.01.20). Talvez tal realidade, má com toda a certeza, tenha a ver com o facto de Braga ser a terceira cidade portuguesa com mais congestionamento no trânsito . Bolas! Braga com tantas horas perdidas nas suas ruas pelos seus cidadãos! Com os bracarenses perdidos no trânsito – três dias só em 2019? Será por isso que a cidade dos arcebispos é a terceira cidade portuguesa? Ah! Braga “ regista o maior aumento de preços na habitação ”. E é, agora, a dona do terceiro lugar – depois de Lisboa e do Algarve. Está difícil ser bracarense, não está?

Agora soltem-se os medos

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O homem português é – perdoem-me os biólogos – um ecossistema . E evolui. Aparece e desaparece na força condutora da seleção natural. Rui Vítor Costa, O Comércio de Guimarães , 20.02.12

Cemitérios: espaços de memória

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Cidadãos exigentes fazem decisores políticos mais competentes. Cidadãos acomodados fazem decisores políticos exigentes. José João Torrinha, Mais Guimarães , 18.12.19 O jornal Público faz título na sua edição da passada sexta-feira, dia 14 – um data feita altar do consumismo; o tal dia feito dia dos namorados à custa de tantas promoções comerciais e americanices! – com a novidade de haver um novo diretor-geral do Património. Não seria nada do outro mundo; muito menos uma americanice à dia dos namorados, não fosse o pequenitote detalhe de o senhor Bernardo Alcobaça ser um gestor cuja área de especialização é o imobiliário! Não conheço o senhor, nem isso importa, na verdade! O que, pelo menos para mim, e me obriga a pensar sobre o devir das realidades patrimoniais em Portugal é dizer que conheço alguns promotores imobiliários, pessoas que trabalham nesta área de negócio que só não vendem a mãe se não der dinheiro. E conheço, de facto e com mágoa! E o governo do meu paí

Agente (imobiliário?) invulgar

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A forma como se está a naturalizar a cedência de património público a privados é muito preocupante . Ana Mesquita (deputada do PCP), Público , 20.02.15

A força do culto

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Este culto, não da morte, mas da imortalidade, inicia e conserva as religiões. Miguel de Unamuno, in Do sentimento trágico da vida 1. Pensando na normalidade do ato cívico dos portugueses na escolha dos seus representantes, tinha decidido não olhar para a deliberação que os eleitos do meu país tomarão amanhã na casa da democracia, a Assembleia da República. E tinha tomado essa decisão pela simples razão de que a eutanásia, sendo algo do mais íntimo do ser humano, deve estar no patamar das decisões que implicam confiar em quem, democraticamente, foi responsabilizado para dar diretrizes políticas e de gestão dos dias difíceis . Sejam os cidadãos que resolvem terminar as suas vidas de sofrimento e apagamento, sejam os cidadãos que, por vida da sua ação profissional, colaboram – a medo – na decisão dramática. 2. Mas, depois de ouvir na RTP Luís Miguel Marques, um cidadão português há décadas preso à dor e à máquina, mudei de opinião. Olhando para o cansaço e saturação

Águas chocas

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O futebol parece mais um mundo à parte do que uma parte do mundo. Tem a regra própria de não ter regras. Um código de conduta que se julga à margem do código penal. Pedro Santos Guerreiro, Expresso , 20.02.15

Cedências com benefícios?

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Quem não tem vergonha não tem consciência. Thomas Fuller, médico e orador Aumento de 7 euros na função pública leva milhares de funcionários públicos a desistir de pedir a reforma antecipada , pode ler-se n' o Inimigo Público da passada sexta-feira, dia 14. Vítor Andrade faz descer Siza Vieira, o ministro da Economia do governo do senhor Costa, na última edição do semanário Expresso pelo sistemático não acordo, perdão!, adiamento de acordo para aumentos de ordenados no setor privado. Vítor Andrade, coordenador de economia no Expresso , termina assim o seu texto em que faz descer Siza Vieira: quando se tenta dar um passo maior que a perna, muitas vezes acaba por se dar trambolhão . O jornalista está certo ou está errado? Se olharmos para os aumentos de sete euros na Função Pública parece mesmo que está certo. E como os senhores de o Inimigo Público dizem: assim muitos portugueses não querem ir para a miséria . Perdão, para a reforma! Que Portugal quererá

À mão de semear

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foto: Lusa Gosto desta entrada: Um trabalhador com um baixo salário não tem condições para uma vida digna ; quem tem horários desregulados não tem hipótese de conciliar a vida pessoal com a profissional. Isabel Camarinha, secretária-geral da GCTP, in Público , 20.02.16

Manual de operações

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Por onde andam os sábios? E como reconhecê-los? Pelo silêncio? Ana Cristina Leonardo, E , 16.11.19 Capital Europeia [das Cultura (CEC 2012] levou Guimarães a assumir-se como polo cultural , escreve em título o jornal bracarense Diário do Minho , (20.01.30). Gostando desta afirmação, não tenho dúvidas de que, sendo como foi marcante para um país á deriva, para uma região que se ia perdendo sem referências, foi, fundamentalmente para um território resiliente e excelente como sempre foi: Guimarães, uma ousadia. Do querer, da aposta no fazer e no sentido de responsabilidade * . Daí que esta afirmação – a CEC 2012 foi “um oásis” para a cidade em tempo de crise financeira – diga tudo. Tudo não; infelizmente! É que não podemos deixar de ter bem presente que era o senhor Pedro Passos Coelho o primeiro-ministro de um país sem rumo. Um senhor que, pelos vistos, começa a dar sinais de que quer voltar a reinar no caos que tanto aprecia. * Por estes dias passaram oito anos so

Violência gelada

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Não devemos sentir-nos obrigados a assumir os estereótipos femininos, mas sim exploramos tudo aquilo que uma mulher pode realmente ser em vez aquilo que nos dizem que ela deverá ser.  Ana Calvi, E , 18.09.01 Há uma virgem que foge de um pateta de vistas curtas. Vejo-a correr em lágrimas; em tantas lágrimas. Violência espantosa! Ouço, depois, uma voz de medo; voz de um canto sem vontade de proximidade e contando com medo do silêncio provocado pela vocação perdida. Depois fico em silêncio. Lendo, numa citação de António Rodrigues ( Público , 20.02.07) no seu texto longos silêncios , estas palavras: ainda hoje, quando saio de casa, tenho medo. Tenho pavor de ir a lugares que não conheço. O desconhecido é necessariamente sinónimo de perigo. Não posso viajar sozinha. Conduzir um carro sem ninguém ao lado foi para mim impossível durante multo tempo , escreveu Sarh Abitobol antiga campeã francesa de patinagem artística, no seu livro un si long silence ( um silêncio tão l

Ziguezagues da vida ou zero de ação?

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A entrega do poder em mãos eleitas está nas mãos de quem elege. Pedro Santos Guerreiro, Expresso , 19.02.23 Na manhã do último sábado, dia 8, quando descia eu da cidade em direção a casa fui obrigado a encostar-me, de forma apressada, ao muro que separa a ecovia dos terrenos onde em breve nascerá a escola de hotelaria de Guimarães. Simplesmente porque tive que fugir de um carro – em velocidade muito para além das bicicletas – que subia do pavilhão multiusos para o cruzeiro da Cruz de Pedra . Fiquei assustado ; tremendamente assustado naquele momento, mas isso passou logo a seguir. Permanece, no entanto, a dúvida: como é que passam por ali automóveis? Recuei um pouco, voltando para trás uns metros e percebi: há tempos que um dos marcos (chamam-se pilões, não é?) está no chão. (basta olhar para a fotografia). E há ali uma entrada (ou saída) de ambiguidade; tão ao jeito de alguns comodismos irresponsáveis. Será posto no seu sítio quando o próximo carro embater num cic

Voz distinta *

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Os carros continuam a ser donos e senhores da cidade . Ocupam mais de metade do espaço público e apesar de estarem parados 95% do tempo e, em 80% dos casos , transportarem apenas um ocupante. Querem maior usurpação de um bem escasso? Daniel Oliveira, Expresso, 20.02.04 * à atenção de todas as vontades e desejos de empunhar o estandarte de capital verde . Ou outra realidade a ver.

ebúrneos confundidos

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ambiente campestre; ambiente de exaltação! ambiente experimental; simples depois do amargo acordar a amante envergonhada; jamais será alvo de gargalhas cruéis! (amar é conhecer mais do outro; amargas diferenças!) há dias em que não devíamos pensar! ficando sobriamente no ambiente campestre; em exaltação

Falta uma lufada de ar fresco; na horta

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É muito difícil, senão impossível, explicar a um néscio a importância da cultura, poi ele não tem cultura para perceber a falta dela. Afonso Cruz, Jornal das Letras , 19.01.30 O mês de dezembro último foi violento, bem sabemos, no que concerne à intensidade da intempérie. Um pouco por todos os recantos da lusa paisagem. Guimarães não foi exceção. Com árvores caídas e tantos outros pequenos acidentes. Na horta pedagógica caíram ou ficaram de raízes ao alto e ao ar; quase caídas, imensas árvores que, nos primeiros dias após a tempestade foram devidamente acondicionadas. Infelizmente, na sua grande maioria, foram abatidas, jazendo mortas pelo chão. Passado mais de um mês já não há árvores caídas na Horta Pedagógica de Guimarães, mas há enormes quantidades de ramos amontoados em cada pequeno caminho da horta; separadores de canteiros. Muitos deles abstruindo por completo a passagem das pessoas, coisa bem pior quando esse caminhar (ou corrida) se faz à noite ou ao final da tar

Visão dos pássaros

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Politica não são os partidos, é tudo. A gente debaixo desse viaduto é política. Alexandra Lucas Coelho, in ao deus dará 1. Do fim-de-semana chegam-nos sempre momentos diferentes; uns simpaticamente bons e calmantes das dores dos dias, outros nem tanto.  Do último fim-de-semana, que foi excelente – com teatro de qualidade em Pevidém onde estive na sexta-feira – (grande mostra senhores do Teatro Coelima com esta mostra internacional de teatro !) a dar-nos a comédia da marmita , uma comédia latina de Plauto , pela mão da Nova Comédia Bracarense) – e dança de cortar a respiração (aquele início de noite no último sábado com o coletivo com origem em Inglaterra Akram Khan Company com outwitting the devil foi fabuloso) lá em cima em Vila Flor. 2. Mas guardo, infelizmente, dois registos com dor. Uma com a pena de Miguel Sousa Tavares ( Expresso , 20.02.08): a lição que agora recebemos de Washington é que a democracia deixou de ser aquilo que nos ensinaram desde pequeninos .

Vou excitar a tua imaginação

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Foto: Rui Minderico (Lusa) [O PSD] não se monta nos sapatos do PCP. João Oliveira, líder parlamentar do PCP, no debate sobre o Orçamento de Estado 202 0, 20.02.06

Voz do infortúnio

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foto: Natacha Cardoso ( Global Imagens ) Regressos: livro de Carlos Moedas que vai ser apresentado por Passos Coelho tem prefácio de Cavaco Silva e introdução de Durão Barroso. o Inimigo Público , 20.02.07 * Nota de rodapé – a voz hipnótica do senhor Passos Coelho levará mesmo ao colo uma voz de medo ao senhor Rui Rio ou Carlos Moedas vai só à rua comparar castanhas quentes? * no seu jeito brincalhão a mostrar as linhas com que se cose um certo PSD .

palavras nascidas da raiva

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essa gente; gente aberta em carne viva, feridas profundas de um viver agressivo; essa gente feita presente de senhores combinando filosofia barata e raiva essa gente; feita de beleza subtil tão profunda – profunda e penetrante – tão humana! artes do diabo? salto de fé ou atores do diabo? nada ou infinito; continuas a adorar chocar as pessoas! essa gente; gente feita de carne viva é a minha gente .

E quando é, quando?

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foto de outubro de 2016; e já havia tantas promessas! Prefiro ser rude e apontar com o dedo a ser acusado de conluio com qualquer dos falecidos filósofos franceses dos últimos anos. Manuel S. Fonseca, E , 17.12.01 Emídio Guerreiro, o deputado vimaranense na Assembleia da República, voltou à carga – e muito bem – e questionou o governo do senhor Costa sobre o atraso na construção do novo quartel da Guarda Nacional Republicana (GNR) na vila vimaranense de Lordelo. Há tempo e tempos e o tempo das constantes – e adiadas – promessas para as novas instalações da Guarda em Lordelo; uma história que começa a ter barbas mais compridas que as obras de S. Torcato. Mas enfim!, há quem considere normal este fazer de conta… A Guarda e os cidadãos de Lordelo é que não , estou convencido.

Fintar a fatalidade

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foto: maisguimarães Após o planeta, é a sociedade que está em risco de sofrer alterações profundas, irreversíveis. A. Betâmio de Almeida, Público , 20.01.20 Se há forma de estar na vida pública e mais concretamente na ação política que aprecio é ter sempre a coerência à mão; como prática corrente, como atitude diferenciadora e como afirmação pessoal. Aquilo que Ângela Oliveira anunciou por estes dias, retirando-se da assembleia municipal de Guimarães por não se identificar com uma direita que não é a sua (saída do último congresso do CDS/PP), é um excelente exemplo de que a coerência é coisa fundamental no dia-a-dia de quem está na vida pública. Sendo certo que, noutros tempos, já tivemos alguns desfasamentos de pontos de vista, importa-me aqui e agora vincar a atitude de Ângela Oliveira e seu gesto nobre. Chamo a isso dignidade. Ah! Gosto tanto da sua vontade em não ser uma evangélica política . Muito mais que coerência é sensatez.