Não devemos sentir-nos
obrigados a assumir os estereótipos femininos, mas sim exploramos tudo aquilo
que uma mulher pode realmente ser em vez aquilo que nos dizem que ela deverá
ser.
Ana Calvi, E,
18.09.01
Há uma virgem
que foge de um pateta de vistas curtas. Vejo-a correr em lágrimas; em tantas
lágrimas. Violência espantosa!
Ouço, depois,
uma voz de medo; voz de um canto sem vontade de proximidade e contando com medo
do silêncio provocado pela vocação perdida.
Depois fico em
silêncio.
Lendo, numa
citação de António Rodrigues (Público, 20.02.07) no seu texto longos
silêncios, estas palavras:
ainda hoje, quando saio
de casa, tenho medo. Tenho pavor de ir a lugares que não conheço. O
desconhecido é necessariamente sinónimo de perigo. Não posso viajar sozinha.
Conduzir um carro sem ninguém ao lado foi para mim impossível durante multo
tempo,
escreveu Sarh
Abitobol antiga campeã francesa de patinagem artística, no seu livro un si long silence (um silêncio tão longo) onde denuncia os abusos
sexuais que sofrei entre os 15 e os 17 anos, às mãos do selecionador francês
Gille Beyer.
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