Politica não são os partidos, é tudo. A gente debaixo desse viaduto é política.
Alexandra Lucas
Coelho, in ao deus dará
1. Do fim-de-semana
chegam-nos sempre momentos diferentes; uns simpaticamente bons e calmantes das
dores dos dias, outros nem tanto. Do último
fim-de-semana, que foi excelente – com teatro de qualidade em Pevidém onde
estive na sexta-feira – (grande mostra senhores do Teatro Coelima com esta
mostra internacional de teatro!) a dar-nos a comédia da marmita, uma comédia latina de Plauto, pela mão da Nova
Comédia Bracarense) – e dança de cortar a respiração (aquele início de noite no
último sábado com o coletivo com origem em Inglaterra Akram Khan Company com
outwitting
the devil foi fabuloso) lá em cima em Vila Flor.
2. Mas guardo,
infelizmente, dois registos com dor. Uma com a pena de Miguel Sousa Tavares (Expresso,
20.02.08): a lição que agora recebemos de Washington é que a democracia deixou de
ser aquilo que nos ensinaram desde pequeninos. Uma posição que
subscrevo sem receios; muito menos sem pensar nas moedas de ouro do senhor
Euclião (que vi no palco em Pevidém).
O outro, com
escrita de Paula Santos (Baixos, no Expresso, 20.02.08) Carlos César Presidente do PS
Agitar a bandeira da
demissão de um governo perante uma votação já não é uma novidade, mas exibi-la
no arranque de uma legislatura, soa a banalização de uma ameaça. O PS governa
em minoria, sem acordo parlamentar assinado.
3. Não sou capaz de
enquadrar em nenhum dos momentos fabulosos de um fim-de-semana de se lhe tirar
o chapéu.
Felizmente que a
vida, o nosso caminhar diário, não tem sempre descidas de um qualquer
presidente de um partido politico; se não todos os espantos sobre os populismos
seriam puras encenações em palcos sujos, mas com muitas luzes brilhantes a
tapar a poeira.
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