o silêncio e a festa
ainda avalias se serás o autor da missiva da menina que vai nascer? os sonhadores vivem num tempo de vergonha! tenho medo de ti. odeio o teu corpo magro, esquelético; sentado sobre o banco abençoado de uma igreja sem forma de cruz – que abuso! por que carga de água ela continua fechada. sobre o tronco sujo de uma lança revestida das formas arcaicas do poder eclesial que nos trouxe o declínio? declínio que teimas em desenhar superior a nós; humanos o rei não chega, sabes? sim a utopia urge! recusa, apenas, entrar porta adentro em tom de comédia parva, como as palavras sem sabor. saídas do púlpito * * É um arrepio procurar, nos dias que correm, significados de púlpito; são tantas parvoíces, tão evaporadas no ódio interior; que dói!