Adeus que mata *

 Foto: José Coelho (Lusa)

Ninguém pode convencer um alucinado a agir contra a sua natureza.
Serge Halimi, le Monde diplomatique, junho 2020

Começo a ter medo – um medo real e total; nada ficcional – do PSD do senhor Rio.

Depois de encostar à parede a democracia parlamentar (ainda bem que deputados como Emidio Guerreiro, por exemplo, bateram o pé) com uma proposta que o senhor Costa agarrou com ambas as mãos e chorou de alegria e vaidade – eis que o PSD do senhor Rio quer reduzir tempos de intervenção na Assembleia da República; a casa da Democracia portuguesa. Em momentos, como, por exemplo, debates sobre estados de sítio e de emergência.

E se os parlamentares portugueses passassem a entregar batatas em casa dos portugueses o que diriam os laranjas apoiantes do senhor Rio? Afinal seria – na perspetiva simplista do senhor – uma ajuda aos portugueses.

Será por isso que o senhor está disponível para se chegar a outro partido e que leva Miguel Albuquerque (Público, 20.08.07) a afirmar: neste momento é a obrigação imperativa do PSD a salvaguarda a sua identidade política?

  

* É oficial: o PSD, ou pelo menos uma parte dele, está pronto para destruir os seus pergaminhos democráticos e liberais.

Manuel Carvalho, editorial, Público, 20.08.09


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