Há um Orbán escondido em cada esquina do poder.
Francisco Louçã, Expresso (Economia), 20.04.25
José Maria Pires
– que integra o Movimento Cultural Terras de Miranda – é um funcionário público
do meu país. Mais exatamente do Fisco; aquela ‘coisa’ que todos odiamos.
Agora, o senhor
funcionário público cujo patrão é o estado português “fica em vigilância” na
sua ação profissional, no seu papel de prestador de serviço ao seu ´patrão’;
pelos vistos um patrão arreliado. E arreliador.
Coisa estranha,
não é?
Será por a
Autoridade Tributária do patrão estado português ter denunciado a “alegada
ilegalidade na isenção de impostos nas barragens da EDP”?
Não sei! Gostava
de saber; como, estou certo, a maioria dos portugueses.
Mas não deixa de
ser muito estranho. Ainda para mais depois de Helena Borges, diretora-geral da
Autoridade Tributária, ter dito, logo no início do mês de julho, no parlamento
– ou seja, o sítio onde a democracia devia estar ao mais alto nível! – que a
participação de José Maria Pires no movimento cultural Terras de Miranda se enquadra no “exercício de direitos, liberdade e garantias” previsto na
Constituição do Estado português.