segunda-feira, 12 de julho de 2021

Guerra antiga

Quando se é pequeno ainda não existe dimensão para o entender, mas o sofrimento alheio atrai pelo lado dramático: como num filme.

Rui Vítor Costa, O Comércio de Guimarães, 20.03.11

 

Ao ler O som e a fúria, de Wlliam Faulkner chorei. Pela simples razão de que ainda não fui capaz de apagar da memória palavras como estas: “quando um homem trabalha o dia todo gosta de se ver rodeado pela família à hora da ceia”.

Parece que estou a ouvir o pai.

É verdade que a hora da (nossa) ceia era bem cedo; o pai tinha que conquistar o monte de Currelos, puxando a bicicleta, a velha pasteleira.

Para estar, na hora certa, no sítio certo.



 

Sem comentários:

a cidade e o devir II

  Foto arquivo Não é difícil perceber que em alguns locais das cidades, o espaço público ocupado por carros parados (em estacionamento), ou ...