O vazio da sociedade, sobretudo o vazio da ausência de valores, é (ou deveria ser) o mais ensurdecedor dos ruídos.
Rui Vieira Nery, E, 19.03.16
Cenas de
esplanadas em tempos ainda pouco libertos:
os papás agarrados
– de forma felina, na verdade! – ao telemóvel; os filhos – dois putos giros e
plenos de vida –, brincando com a caixa dos guardanapos de papel.
O pai levanta os
olhos e berra: eu mando-vos lá para dentro.
Os filhos, rapaz
e menina, olham os pais e param.
Os pais voltam
aos telemóveis e os putos deliram e riem.
Os tempos são
diferentes, não são?
Sem comentários:
Enviar um comentário