Já não é somente uma “pirralha” a anunciar o fim do mundo e a dizer que a “casa está a arder”. Agora, é também o Secretário-Geral das Nações Unidas que vem perguntar se queremos ser lembrados como a geração que enterrou a cabeça na areia enquanto o planeta ardia.José Cunha, reflexodigital, 19.12.12
Reflexões dispersas sobre as duras realidades dos dias que nos vão matando:
1. Segundo um estudo – ver Expresso (Economia), 21.07.16 –, a covid reduziu o consumo de energia fóssil e fez cair as emissões de CO2, mostrando que os impactos deste vírus podem – e devem – servir para ensinar ao mundo aquilo que pode ser, conforme escreve Ana Baptista.
2. As
empresas mais responsáveis por emissões continuam a ser financiadas pelos
programas europeus e protegidas pelos seus governos, no transporte ou na
energia, escrevia na mesma edição Francisco Louçã.
3. No dia
anterior o diretor do jornal Público, escrevia no seu texto de
editorial que quanto mais sabemos sobre a dimensão da crise climática, quanto mais
reconhecemos que é precisa uma revolução na economia e nos hábitos quotidianos
para evitar a catástrofe que se anuncia, mais constatamos que o que nos espera
não será feito sem turbulência política, sem choques sociais e sem ameaças à sustentabilidade
do atual modelo económico.
4. E quando
acordaremos nós para estas realidades?
Ou será que já
estamos suficientemente anestesiados para continuarmos a fazer de conta que há
um outro planeta para vivermos?
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