
O tempo do fim já não é
projetado no fim dos tempos, mas aqui e agora, à escala de um tempo histórico
ao nosso alcance, à distância de algumas gerações.
António
Guerreiro, Ípsilon, 19.07.05
António Guerreiro, Ípsilon, 19.07.05
Algumas
reflexões, mais ou menos avulsas, sobre Ambiente nos dias que se fazem de
destruição numa Europa central onde os efeitos das alterações climáticas são uma tremenda e dolorosa realidade.
1.
Lendo o jornal Público do passado dia 29 de junho, fica no olhar uma peça – Portugal, o país onde se morre mais na rua do que na estrada – com assinatura de
Abel Coentrão que nos devia obrigar a refletir a todos; principalmente a quem
tem a obrigação pública de respeitar a qualidade de vida das pessoas. Destaco
do lead que mais de metade do total de mortes da sinistralidade rodoviária acontece em arruamentos urbanos.
2. Ah! Em Portugal há 6,4 mortes vítimas de acidentes por cem mil habitantes. E, o que é assustador: as mortes de ciclistas não param em Portugal. Ou seja, a insegurança nas estradas portuguesas é um sério problema, não é? Foi isso o que, hoje, mais uma vez, os portugueses vieram para a rua dizer.
3.
E em Guimarães?
Tudo passa pelo
Toural porquê? Será a vaidade de mostrar o carro novo, criada nos anos sessenta
pelos industriais de calçado e têxtil?
Ou imitações,
mais baratas dessa vaidade feita exibição?
4.
Não acredito que alguém considere a pandemia de covid 19 como um bem; era o que
faltava!
Mas, olhando nos
dias calmos que vivemos (noutras áreas da cidadania e da urbanidade), como seja
em termos de ruídos e de emissão de gases, vale a pena perguntar se em
Guimarães haverá alguém com saudades do ruido das vespas, que até têm direito a
rotundas saloias.
E dos camiões
que empestavam a praça mais central da cidade e matavam o sossego das famílias
no recanto dos seus lares.
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