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A mostrar mensagens de março, 2020

Olhar da semana

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Uma pandemia carateriza-se pela verificação de vários fatores, entre eles o fator geográfico, ou seja, quando todas as pessoas do mundo correm riscos. E, aproveitando o termo tão falado nos últimos tempos, como seria se no contágio fossemos capazes de, numa melhor gestão do bom senso, colocar o egoísmo de quarentena. Carla Rodrigues, advogada, Igreja Viva , 20.03.12

Virtudes menores

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O trabalho que nós, os porcos, levamos a cabo é intelectual. Toda a administração desta quinta repousa sobre os nossos ombros. George Orwell, A Quinta dos Animais O gajo serve para vos entreter; adiando o exterior? Isso é comunicação! O gajo não presta para mais nada, a não ser, ser o vosso desejo branco de olhar o que rodeia os desejos parvos dos decisores? Ele é o máximo responsável da comunicação! Eles são tudo! Especialistas de sistemas que engrenam as parvas tropelias dos dias; de tudo o que tape incapacidades. Quem os dirige nos dias que correm, tem disfarces; bem camuflados: diretor-geral, secretário-geral ou outra instância geral. Eles sentados, feitos velhotes em frente ao ecrã, julgando-se dominadores do cosmos. Às vezes, só às vezes, despertam e percebem como são parvos. É nessa altura que exigem a contratação de outros parvos (mais novos, mais inteligentes e mais capazes) que exigem ser os próximos inimigos internos do império agonizante. O tal vil metal a

e se não fosse natal?

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hoje o que vimos foi silêncio – um exército impiedoso de distanciamento –, a verdade deslembrada dos nossos cumprimentos parvos e inseguros de cada manhã; entrando no escrínio? estamos mesmo na eterna ilha do tempo de solidão! de tantas solidões. hoje apreciei – gostamos todos, pareceu-me! – de cuidar da morte; à volta do cantinho do nosso amigo comum: joão de seu nome – manipulador disforme diante do real! – foi fabuloso! e depois? silêncio; o distanciamento de sempre! na sala – insinuando aguentar a música agressiva e violenta na arte de perder tempo – ficamos os de sempre. hoje; como sempre a diferença não foi o grupo foram as vaidades individualizadas.

desvendando novos vestígios

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não acato o alerta eletrónico do despertador; as molas do devir saltam-me do aconchego antes das disposições para o alvorecer; ordens do dia diziam-nos, não era? abrir janelas; despertar o silêncio do corpo abrir o diálogo eis o invisível tronado visível (almas que se misturam) não! não espero um futuro sem arestas; conheço tão bem as águas calmas; afinal sempre foram a mulher espantosa!

Estabilidade de fachada

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Acredito em deus. Não acredito em nenhuma religião que me queira transmitir Deus. Frederico Lourenço, E , 16.09.10 Há uma “p roposta de alteração constitucional ” em cima da mesa que perspetiva, na Rússia do senhor Vladimir Putin, algo que só alguns entenderão. Perdão! Só uma máquina cega e seguidista entenderá. Quer o senhor todo-poderoso da Rússia que – para além da “ defesa da verdade histórica sobre o papel da União Soviética na II Guerra Mundial ” – ratificar a “fé em Deus” e banir casamento gay na Constituição russa (título do jornal Público , 20.03.04). Quando leio o texto com assinatura de António Saraiva Lima, só me apetece deixar de olhar para os dias cinzentos que os líderes totalitários querem impor. Mas, diz-me o destino e a indiferença humana que tal é improvável; quase de certeza impossível. Felizmente que – como sublinha o analista político Konstantin Kalatchov, citado na peça jornalística do Público – parece que os antepassados russos deram ao seu p

A facada prometida

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Foto: nairuz.com.br A qualidade de uma democracia depende da qualidade do seu jornalismo. É por isso que os estratagemas de Bolsonaro para condicionar os jornalistas que não se submetem à sua cruzada evangélica e iliberal são, ao mesmo tempo, uma investida rude contra uma sociedade aberta, plural e democrática, tudo aquilo que o Brasil merecia ser. Amílcar Correia, editorial, Público , 20.03.07 Nota de rodapé : aconselho vivamente a leitura das páginas 32 e 33 da edição de hoje do jornal Público . A peça de João Ruela, a partir de São Paulo, tira todas as ilusões.

desvendando novos vestígios

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não aguardo o alerta eletrónico do despertador; as molas do devir saltam-me do aconchego antes das disposições para o alvorecer; ordens do dia diziam-nos, não era? abrir janelas; despertar o silêncio do corpo abrir o diálogo eis o invisível tornado  visível (almas que se misturam) não! não espero um futuro sem arestas; conheço tão bem as águas calmas; afinal sempre foram a mulher espantosa!

Espiral ascendente

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Quantos Pedrógãos Grandes serão precisos para que os portugueses acordem obrigando os responsáveis políticos a agir? José Gil, Expresso , 20.02.22 1. Nos jornais leio cada vez menos coisas boas e motivadoras. Leio cada vez menos realidades que alegrem os dias. Apesar de aumentarem, e muito, as preocupações com os atropelos aos dias calmos. Curiosamente, quase sempre essas preocupações saem da pena de colaboradores de opinião. 2 . Um exemplo claro são estas palavras de Francisco Teixeira da Mota ( Público , 20.02.28): até quando terão os portugueses de se deslocar a Estrasburgo para encontrar justiça e decência? 3 . Pela mão de jornalistas vale a pena olhar para outra (má) realidade que acinzenta os dias dos portugueses. David Dinis faz descer ( Expresso , 20.02.28) Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos , por ter reagido “ com uma ameaça ” pelas normas que a casa da democracia portuguesa impõe, agora, aos bancos. João Silvestre, fazendo

Esperança negra

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Por substantivos se adivinham as ideologias, as hierarquias sociais que cada um projeta para o mundo. Fábio Monteiro, Fumaça , 20.02.20 1 . Quando olho para os dias apressados dos políticos sedentos de protagonismos insalubres fico sempre com dúvidas sobre o que leva o homem-politico a correr. Contra o tempo; contra si mesmo ou contra valores que noutros tempos eram para si substanciais. Referências; pela coragem. 2 . Quando leio do filósofo de referência que é José Gil ( Expresso , 20.02.22) – as declarações recentes do ministro Pedro Nuno Santos sobre o futuro aeroporto do Montijo revelam a cegueira dos políticos: em nome do bom senso e da boa consciência ecológica, justifica-se a continuação das escolhas mais duvidosas – penso nos dias apressados dos políticos sedentos de protagonismos apressados. 3 . E tenho medo de homens assim. Nota de rodapé : Não foi o partido do senhor Pedro Nuno Santos que ‘impôs’ o parecer das autarquias localizadas na área dos (po

Espantosa normalidade

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No domingo, em Viseu, o deputado André Ventura divertiu ( * ) uma audiência de apoiantes em registo de stand-up. Fiquei espantada, ainda não tinha visto o novo estilo. Bárbara Reias, Público, 20.02.28 * a politica é cada vez mais isso, infelizmente! Pelos vistos é isso que o povo gosto. Pelo menos aquelas pessoas que deixaram de assumir a verticalidade da coluna; a que suporta a vida humana.

Espelho do mundo

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Qual a razão pela qual existe a convicção de que as leis , e em especial as de natureza proibitiva , resolvem os problemas sociais, económicos, políticos? Teresa Pizarro Beleza, Público , 20.02.27 À atenção de um tal “ chamado ‘Chega’ sobre castração química ”.

Uma história humana; local

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foto: colegioarautos.net Todos os fundadores de religiões, dos partidos políticos, dos bancos, vão nus. Mário de Oliveira, debate no Circulo de Arte e Recreio (Guimarães), 15.02.04 1 . Tenho visto – só pela comunicação social porque já ninguém me tira de casa para assistir a tantas exibições de vaidades perigosas –, um crescendo assustador de presenças em eventos públicos em território vimaranense. Com umas figuras estranhas; assustadoras e desejosas de trazer de volta outros tempos. Tempos de má memória. 2 . Da peregrinação anual à Penha – uma marca cultural intensa na vimaranensidade e um enorme baluarte de fé popular dos vimaranenses – a ´certas´ peregrinações paroquiais ou procissões de padroeiros das paróquias do arciprestado de Guimarães e Vizela há uma trupe de militares reformados, armados de lanças e sei lá que mais!, feitos guardiões dos costumes. E, tantas vezes – cada vez mais – uns senhores vestidos de castanho com cruzes medievais ao peito, calçando b