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foto: colegioarautos.net |
Todos os fundadores de
religiões, dos partidos políticos, dos bancos, vão nus.
Mário de
Oliveira, debate no Circulo de Arte e Recreio (Guimarães), 15.02.04
1.
Tenho visto – só pela comunicação social porque já ninguém me tira de casa para
assistir a tantas exibições de vaidades perigosas –, um crescendo assustador de
presenças em eventos públicos em território vimaranense. Com umas figuras
estranhas; assustadoras e desejosas de trazer de volta outros tempos. Tempos de
má memória.
2.
Da peregrinação anual à Penha – uma marca cultural intensa na vimaranensidade e
um enorme baluarte de fé popular dos vimaranenses – a ´certas´ peregrinações
paroquiais ou procissões de padroeiros das paróquias do arciprestado de
Guimarães e Vizela há uma trupe de militares reformados, armados de lanças e
sei lá que mais!, feitos guardiões dos costumes.
E, tantas vezes
– cada vez mais – uns senhores vestidos de castanho com cruzes medievais ao peito,
calçando botas altas, tipo militares de cavalaria, que monopolizam os
pálios e as lanternas das procissões; espaços solenes de um catolicismo de rua.
3.
Sobre os militares
na reforma não direi muito mais a não ser lamentar que ao seu lado, ou na
retaguarda, sigam autarcas eleitos democraticamente num país onde o estado é
laico.
Por isso,
parece-me de elementar ato de gestão pública da política, o poder local não
pactuar com quem, na verdade, nem militar já é; apenas saudosista de outras ações.
4.
Já sobre os senhores que vestem de
castanho e que, a partir de Sezim e do colégio Arautos do Evangelho, deveriam olhar com atenção para a carta que
Francisco, o atual líder dos católicos, escreveu ao presidente daquela
organização, instando-o a aceitar a intervenção da Santa Sé naquela
instituição. Isto depois de o cardeal Raymundo Dasceno ter sido nomeado
comissário pontifico. E, obviamente, para não falar de acusações – são só
acusações – como as que a Vida Nueva
dá conta, na entrevista a José Miguel Cuevas, professor de Psicologia Social na
Universidade de Málaga.
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