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Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2020

caminhos de liberdade

seguem-me estes caminhos! herdeiros de um punhado de chão, na terra de nascimento; lábios quentes tecidos na memória da respiração em liberdade. sigo nestes caminhos persistentes na condução da liberdade às praças citadinas; à flor da cidade como relógio certo em horas dúbias. seguem-me estes caminhos! onde cresce revelação, opinião e olhares sem fronteiras. seguem-me estes caminhos de liberdade; construtores de uma cidadania livre; urdindo – da aldeia à cidade – um povo livre; de olhares solenes nos dias frios; seguem-me estes caminhos! herdeiros de um cravo vermelho na lapela das jornadas onde a liberdade somos nós; construindo a verdade para os caminhos que continuarão a seguir a memória e a respiração em liberdade.

Realidade com tradição

Que saudades tenho desses tempos, mas também dos eventos culturais que o Vila Flor ou a Plataforma das Artes, nos “serviam” semana a semana e que agora estão suspensos, não podendo ser entregues ao domicílio, via “Ubereats” ou outra plataforma similar. António Rocha e Costa, Mais Guimarães , 20.04.15 Li, por entre os dias duros na mão do monstro feito vírus destruidor de corpos, pessoas, famílias, amizades empregos e futuros que “ Guimarães ultrapassa a média nacional com um aumento de 62 por cento na cultura ”, título da peça que o Joaquim Martins Fernandes assina na edição do dia 4 de abril do jornal bracarense Diário do Minho . O que o jornalista escreve no diário bracarense não me surpreende rigorosamente nada. Por muitas razões e uma delas o jornalista aponta-a: “ Guimarães conquistou ” entre os anos de 2010 (antes da CEC 2012, vinque-se, porque há uma tendência mórbida em esquecer este dado muito, muito importante) e 2018, “ uma maior independência financeira fac

noite pandémica

a noite está tão escura; silenciosa a rua rejeita os corpos – fogem dela, não é? os olhos noturnos perderam todo o encanto. o silêncio; continua sublime – mais intenso mas pesaroso. não tenho medo da noite, sabes? desabracei-a agora mesmo; estou tão feliz à tua espera.

Diálogo em tempo de cólera

Bom dia, ó rei. Bom dia, zé povo, que mandas hoje? Gostava de saber quantos são os novos casos de infeção com covid-19 na nossa terra. Tu sabes tudo… Eu sei, mas não te posso dizer. O quê, não podes dizer?! Não. Ordens da senhora Temido, a ministra da Saúde no governo do senhor Costa. Ui! Que se passa? São ordens, são ordens. Ó rei Afonso lembras-te da guerra colonial no teu reino, não lembras? Se lembro! Aquilo era um chegar todos os dias de jovens diretamente para o cemitério. Porque perguntas isso? Eu era puto, mas tenho ténues memórias de ir a enterros no cemitério da minha aldeia-natal e ninguém sabia quem vinha dentro de umas urnas pesadas. Diziam que eram ordens de um tal António. O de Santa Comba? Esse mesmo… Sabes, ó rei, tenho pena de ti; aí especado. Tu deste tudo, até as terras, àqueles decisores da capital e eles agora ignoraram tudo o que está fora do Rossio.