As dores violentas que aí vêm


 

Haverá preocupação mais humana senão aquela que teme pelo fim dos dias, não só de si próprio, mas pela aniquilação da sua comunidade ou espécie, consoante os contextos e o tempo histórico?

Tomás Sopas Bandeira, 7 Margens, 19.09.30

 

 

No desejo – temo que seja apenas um anseio meu – de que possamos, de facto, pensar (e pensar, não, não é fazer de conta que depois da eleição tudo é como sempre foi depois pontos de vista ignorados na eleição) que importa ter na mesinha de cabeceira dos dias violento que nos vão apagar.

Definitivamente:

 

1. Catástrofes naturais; sempre as houve, mas o modo como foi percebido e representado o dilúvio que devastou povoações inteiras, na Alemanha, revela que há hoje uma nova consciência, uma enorme sensibilidade às responsabilidades da ação humana na variação cosmológica em que nos encontramos.

António Guerreiro, Ípsilon, 21.07.23

2. Talvez os sobreviventes da próxima Arca de Noé possam levar para o seu recomeço algumas lições desta colossal tragédia planetária de que somos, tudo parece indicar, os exclusivos responsáveis.

Viriato Soromenho-Marques, Diário de Noticias, 21.07.24

 

Não sei quem vai ser o autor do Génesis II, mas temo que a linguagem lírica – e linda, na verdade! –, dos povos da Mesopotâmia já não seja escutada. Todos os povos nascido no Crescente Fértil, território onde a destruição já não é somente bélica.

É tarde demais!

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