terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Profeta da esperança

foto: europarl.europa.eu
Sem esquecer as palavras proferidas na homilia do dia anterior no Vaticano – a igreja “é fiel” quando é “humilde” e “pobre” e quando “confessa as suas misérias” –, considero fundamental olhar para o discurso que Francisco, o líder católico, proferiu na última quinta-feira, dia 25, em Estrasburgo, mais concretamente no Parlamento Europeu.
Ali, o papa, depois de questionar os deputados presentes naquele enorme hemiciclo sobre os “milhões de pessoas” que no “velho continente e no mundo continuam a debater-se diariamente com condições de vida que atentam contra a sua dignidade” – que belas palavras para Rui Barreira pensar e perder o sono! – foi contundente: “que dignidade pode ter um homem ou uma mulher que são objeto de todo o género de discriminações?”.

É claro que já antes o papa Francisco abanou os políticos que matam à luz das novas ideologias: “que dignidade é possível sem um enquadramento jurídico claro que limite o domínio da força e faça prevalecer a lei sobre a tirania do poder"!
Que coragem!

E dessa extraordinária intervenção do líder católico no parlamento europeu, que recebeu “uma longa ovação dos deputados, de pé”, importa reter outra ideia – a reter pelo responsável da Segurança Social de Braga – “que dignidade pode alguma vez encontrar uma pessoa que não tem o alimento ou o mínimo para viver, e, pior, o trabalho que unge a dignidade?”

Sim, o papa também não tolera “que o mar Mediterrâneo se converta num grande cemitério”. E não tem dúvidas que uma das doenças que vê espalhar-se pela Europa é a solidão.

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