Pedro Filipe Soares, in Público, 14.07.11
Olhando para os dias – outra vez violentos nas contas que ficam por pagar – que percorrem este Portugal cada vez mais sem rumo e sem norte – deparo com esta afirmação de Manuel Tavares (Jornal de Noticias, 14.07.12):
“O BES viveu no centro de um vulcão bolsista que a dimensão de Portugal e do seu mercado bancário não justificariam em tempos de normalidade. Mas é de incertezas que vivemos, nós, a Europa e, feitas as contas, todo o mundo capitalista”.
Pois! Que país…
“O BES viveu no centro de um vulcão bolsista que a dimensão de Portugal e do seu mercado bancário não justificariam em tempos de normalidade. Mas é de incertezas que vivemos, nós, a Europa e, feitas as contas, todo o mundo capitalista”.
Pois! Que país…
Fico a pensar no que Henrique Monteiro (Expresso, 14.07.12) escreve: “se é verdade que os pobres toda a vida viveram em crise, ao contrário da classe média que começa a senti-la há cerca de três ou quatro anos, parece que agora a crise chega aos ricos. Terá chegado?”.
E pergunto-me (tal como João Silvestre e Nicolau Santos (Expresso Economia, 14.07.12): e o “País está melhor?”
Infelizmente, responde Angel Gurria, secretário-geral da OCDE: “Não há país sem pessoas”! *
O que lamento mesmo – tira-me o sono, palavra de honra que tira –, é que sou obrigado a dar razão (não é que não comungue dos seus pontos de vista, muito pelo contrário) a quem diz que “a sociedade portuguesa está a viver tempos de excesso de serenidade e de silêncios”.
* Espera! Pessoas? País de emigração? Não é o que António José Seguro não se cansa (infelizmente houve quem o tentasse travar; quem sabe pela indiferença com tais dores!) de alertar para este drama?
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