Viva, apática ou parada?
Assim, de repente, estas duas perguntas parecem ser duas provocações saídas da boca daqueles troikocratas convertidos (pela mão de um tal durão) à destruição de tudo e que adoram levantar a bandeira "nos próximos anos a cultura tem que ser martirizada". E também, e desde logo, porque dentro e fora de Guimarães, toda a gente conhece a dinâmica das associações culturais locais e sente, bem de perto, aquilo que é a já costumeira boa programação que passa pelos diferentes palcos municipais vimaranenses.
Ou seja, as duas perguntas anteriores são totalmente descabidas?
Infelizmente!, não; infelizmente a realidade cultural de Guimarães começa a sofrer de uma parte da realidade cultural de um país que deixou de apostar nas pessoas e nos seus desejos e motivações.
É que Guimarães (não invejo as dores de cabeça de quem tudo faz para programar – como sempre – em excelência) vê, cada vez menos gente presente naquilo que são as suas apostas de qualidade, pessoas que, como a grande maioria dos portugueses, sentem a falta de dinheiro a matar-lhes os dias. E, em circunstâncias destas, o que vale mesmo para tentar sobreviver é fazer sistematicamente a contagem e recontagem dos cêntimos.
Era o que faltava!
Estou certo que não o fará. Mas que vale a pena ponderar algumas decisões, disso ninguém duvidará. Se mais não fosse, ver as salas vazias ou perto disso, além do mais, desmotiva quem está em palco e quem programa. E isso causa umas dores no estômago e um aperto no peito que só mesmo aqueles que nunca põem os pés na realidade cultural vimaranense (antes vagueiam por uns supostos apoios de outra natureza para chegarem à AR) desconhecem.
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