Continuamos a pensar que estamos simplesmente a manipular outros seres num vácuo, como se fosse possível separar a “natureza” ou o “meio ambiente” do meio social. Mas como?
Timothy Morton, filósofo do Antropoceno, Ípsilon, 20.05.15
Leio o texto de Diana Baptista Vicente no jornal Público (21.05.21) Desastres climáticos geraram mais deslocados do que a guerra e não fico nada espantado; apenas mais preocupado. E entrando no texto o espanto vai aumentando. É que, apesar das restrições à circulação impostas devido à covid-19, cerca de 40,5 milhões de pessoas foram forçadas a deslocar-se em 2020, o maior valor dos últimos dez anos.
Porquê? Porque o
seu habitat, a pequena pátria onde nasceram já não é hospitaleira. Como tantas
pequenas pátrias pelo planeta.
Já pensamos que
este número enorme de deslocações é três vezes mais do que as deslocações por conflitos
e violências?
Acho que não
pensamos. Pelo menos os decisores de futuros não.
E assim vamos,
cantando e rindo para o fim.
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