Todos
somos mais ou menos manipulados, trocando afetos por comportamentos que nos são
mais confortáveis.
José
Gameiro, E, 15.09.19
Recuando no tempo: o nacionalismo
político-jurídico nasceu racista e é racista. O direito construiu-se na ideia
desta pertença à comunidade e como instrumento de gestão das relações dentro da
comunidade e entre cominardes, pode ler-se no editorial dos cadernos SOS Racismo, nº5
No nosso tempo: Onde é que está a tão propalada solidariedade europeia?
Faltam acordos e vozes como a de [António] Guterres, alto comissário da ONU
para os refugiados, escreve Bernardo Ferrão no Sobe, Expresso do último sábado.
De
encontro à opinião do professor da universidade católica de Lovaina, na
Bélgica, Paul De Grave: os argumentos morais deveriam ser suficientes para
manter as nossas fronteiras abertas, pode ler-se no semanário Expresso
(Economia) de sábado passado.
Recuando (outra vez) no tempo: A Cartade Lampedusa assume-se como um momento político em que os migrantes, mais do
que números de uma sinistra contabilidade macabra da gestão geopolítica da
imigração, se tornam sujeitos políticos e atores reais das políticas
migratórias numa lógica da rutura com a ideologia mercantilista e utilitarista
que os reduz apenas a números (in cadernos SOS
Racismo, nº5).
Em suma, a
Carta de Lampedusa, que defende a liberdade de circulação, garantindo que estes
direitos se manterão na esfera dos direitos e, assim, inalienáveis e
inegociáveis; sendo que a fronteira, mais do que a realidade
geográfica, é uma construção politica, defende aberta e categoricamente as
fronteiras, as simbólicas e as físicas, as sociais e as culturais, as jurídicas
e as politicas.
Recunhado (ainda mais) no tempo: Diz
Pedro Bacelar de Vasconcelos (JN; 15.09.18) que “contam-se por muitas centenas
de milhares os portugueses que atravessaram ilegalmente as fronteiras da
Europa, desde o princípio dos anos sessenta até abril de 1974. É por isso com
profunda consternação que vemos notícias dos muros que se erguem e das
fronteiras que se fecham por essa Europa fora”.
Olhando (outra vez) no nosso tempo: “os
refugiados na Grécia querem “seguir para a Europa”, título do Público
(15.09.18?
É estranho
não é? Não, não é o título, é a realidade que (uma certa) Europa nos vai
impondo.
Olhando (mais uma vez) no tempo que corre: “estando
o mundo em explosão demográfica porque é que continuamos a dizer que não há
crianças? Elas existem, não estão é na Europa”. (Maria João Valente Rosa, E,
15.09.19)
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