Pela qualidade e diversidade dos espetáculos que estiveram em palco nas duas semanas dos festivais Gil Vicente é sempre muito complicado falar de um espetáculo em particular. Mesmo assim ouso escrever que o primeiro, o de abertura e da sexta-feira, no palco do pequeno auditório em Vila Flor me marcaram. Entre um e outro não sei qual o maior. Mas há mais.

Impecável, tão verdadeira que dá raiva. Tão dramática que nos deixa pruridos. E o cenário simpaticamente tão ‘natural’ que pena uma peça destas não encher uma sala maior.
Pronto já disse o que penso sobre um dos espetáculos que mais me marcou nos festivais deste ano.
A Tempestade, além de abrir os festivais (um espetáculo Voadora – que pareceria esta coprodução do centro Cultural Vila Flor, XXX Mostra Internacional de Teatro de Ribadaria, Teatro galego! – e ouvir falar ‘português’ da Galiza soube tão bem!) foi algo de soberbo. E então se o senhor Shakespeare (bem sei que há ali “muitos elementos em comum entre o texto e a linguagem da companhia”) visse aquela maravilha dava-lhe alguma coisinha. É que alguma vez o senhor teria lata para entregar uma pizza numa ilha? Ah! A Tempestade foi uma estreia; em Guimarães.

E vão três.
OZZZ mesmo que me tenha cabido em sorte entregar umas sopas “na casa”, foi para mim aquele que menos me prendeu. Por um erro crasso: não duvido do gozo que terá dado aos atores as viagens pelos sítios mais extraordinariamente diferentes do mundo, mas o vídeo, para além de demasiado grande, sem legendas foi uma valente seca. E sentado no chão só com as peúgas calçadas e o rabo frio fez aumentar o incómodo.
Tartufo, imponente. Sem dúvida! Talvez do cansaço, não aguentei e fui descansar antes do fim.
Não gostei de “na solidão dos campos de algodão” num texto de Bernard-Marie Koltés. Embora tenha visto uma encenação fabulosoa.
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