domingo, 19 de setembro de 2021

Intervenção precoce


Quando os pensamentos, as palavras e os atos são mal usados, vão voltar-se contra nós. Ou contra o mundo.

Abel Ferrara, cineasta, E, 21.01.08

 

Hoje senti uma tremenda necessidade de tentar perceber o significado de uma palavra: ESDRÚXULA.

Porquê? Porque pela minha terra há pessoas, grupos e artistas (potenciais donos de futuros) que usam a dita palavra esdrúxula, feitos amos da palavra; infelizmente sem serem capazes de a colocar no sítio certo. No sentido correto.

 

E o que é afinal ser esdrúxulo?

Se for só o vocábulo é bem simples: trata-se de um termo com origem latina; que terá para o português de todos nós; dos nossos dias, um significado (como em italiano – sdrucciolo; na verdade!) de lúbrico.

Pela grafia ficaríamos sossegados!


E em termos gramaticais ‘esdrúxula’ é um adjetivo acentuado na antepenúltima sílaba.

Só isso! Mesmo que certos assessores de Bouro – Terras de Bouro é um território lindo, ‘dono’ da água e do verde! – lhe tentem impingir interpretações diferentes; as suas.

 

Daí que, e sendo certo que por terras afonsinas há quem – com vontades de domínio venerado e único – vá tentando vestir as palavras de roupagens oportunistas, tenha que aprender português.

 Rapidamente!

Até porque é por demais evidente que há uma falta enorme de qualidade na grafia de alguns candidatos à liderança do porvir de Guimarães. Por mais cerimoniosas e encenadas que sejam as suas energias!

 

Nota de rodapé.

Há estranhas coincidências no discurso político de uma suposta elite vimaranense com raízes no silêncio do santo!

Mas isso é o que ela gosta de exibir: ausência de identidade e vazios atrás de vazios.

Sem comentários:

Olhando a cidade V

Fizemos cidades muito hostis para as crianças. Sónia Lavadinho, consultora em mobilidade e desenvolvimento territorial, Visão , 24.11.14