quarta-feira, 11 de junho de 2014

Vazio perfeito

foto: economico.sapo.pt
Qual o peso da presença mediática de António Costa todas as semanas na SIC Noticias? Como se avalia impacte de cada entrevista de António José Seguro na televisão? Como são escolhidos os comentadores apoiantes de um e outro para os duelos televisivos, perguntava Nuno Azinheira, diretor executivo da Noticias TV, na sua última edição.
Perguntas que, sendo o ponto de partida para o tema de fundo da edição do dia 6, sexta-feira, são (serão sempre) olhares inteligentes para além do lixo e do ruído dos dias. São e serão sempre perguntas sem resposta para quem salta, esmaga e pinga sorrisos quentes em frente às câmaras de televisão.

Daí que, com toda a naturalidade do mundo (sim porque de repente toda a gente neste país acha que a vaidade das luzes e das câmaras é o fundamental para correr com um governo moribundo) importa olhar para quem sabe do que fala. E diga de sua justiça sobre aquilo em que dá lições.
Assim, Estrela Serrano, doutorada em Sociologia da Comunicação, da Cultura e da Educação pelo ISCTE, mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa e licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, não tem dúvidas do que são flops televisivos: “faz parte dos media hiperbolizar este tipo de situações”.
Por sua vez, Joaquim Vieira, Jornalista, ensaísta e documentarista, foi membro da direção de vários órgãos de informação (Expresso, RTP, Grande Reportagem), é contundente: “os media têm tendência por aquilo que é mais polémico. Mas considero que deviam antes questionar António José Seguro e António Costa sobre as alternativas e a questão da austeridade”.

Em suma, a disputa no PS “vende audiências. E só quem se interessa, de facto, com a realidade dos dias, não se fica pela vaidade que a televisão tanto gosta de exibir. Já nos perguntamos se na televisão não se cria a ilusão de que todos somos os salvadores do mundo?

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