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Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2021

Estranhos parceiros

As ditaduras não são só assassinas, também são cobardes. Têm receio do julgamento da história; sabem que a sua sanha contra os ditos “inimigos” da pátria se poderá voltar contra ele assim que se restitui a legalidade . António Rodrigues, Público , 21.03.12   Para quem ainda pudesse ter dúvidas sobre o avanço aceleradíssimo no sentido da coerção total da liberdade de imprensa, só pode olhar para os dias parvos que correm.   Para a China e a sua proibição de emissões da BBC World em terras mandarins. O que leva o Reino Unido a proibir emissões de TV ao canal chinês CCTV, “ o principal meio de exposição internacional ” da China. E para a Inglaterra que, pela mão d o senhor Boris, não para de limitar o acesso à informação.   Por isso um conjunto de diretores dos maiores meios de comunicação britânicos já pediu uma investigação ao Governo por suspeita de obstáculos à informação.

Intimidades

  na sala cheia de luz onde estamos que mais falta para nos afastar do fio invisível que nos envolve   in dentro de deus

Estradas do inferno

Todos os que tinham a cerviz bem dobrada, a boca bem calada, a vénia pronta, o tom untoso, e mão estendida para o pequeno ou grande favor, o silêncio oportunista correu para a imensa fila, de pedras na mão, para abjurar o anterior senhor. José Pacheco Pereira, Público , 20.07.18   As confusões que me fazem certas (e supostas) notícias espetadas em fretes nas publicações mais ao pé da porta; sabe-se lá por quem! O que é que um jornal local tem a ver com as escolhas nacionais de um partido? Ainda para mais sendo esse partido uma aberração no espetro político nacional!   Ou será que há ideologias encantadas por esses jornais pregueiros?

Olhar da semana II

Foi um rodopio nos últimos dias, cronistas e influencers levantaram-se para anunciar a sentença definitiva: os hospitais públicos são mais bem geridos pelas parecerias público-privadas. Tiveram apenas de esperar pelo fim da emergência sanitária, elogio a sua contenção . Francisco Louçã, Expresso ( Economia ), 21.05.21

Olhar da semana

Disse Balzac que “por trás de uma grande fortuna há um crime”. Quando assistimos ao que se passou no inquérito ao Novo Banco que corre na Assembleia da República, somos forçados a concluir que há empresários portugueses firmemente decididos a dar razão ao romancista francês. Luís Marques, Expresso (Economia), 21.05.21

Filhos da terra

  Se deus existe porque é que o mundo e a vida estão organizados em cima do sofrimento? Frederico Lourenço, E , 16.09.10   Ontem enquanto via o filme Febre, escrito e dirigido por  Maya Da-Rin e com atores indígenas do Alto Rio Negro, pertencentes aos Desanos, Tucanos e Tarianas, n uma organização da associação vimaranense Capivara Azul e i ntegrado no ciclo Terra, lembrei-me de algumas r ealidades dolorosas que me tiram o sono e fazem aumentar o descrédito nas religiões – ou supostas religiões; sempre mais perigosas: As equipas médicas de imunização das aldeias remotas indígenas do Brasil contra o coronavírus encontraram forte resistência em algumas comunidades onde os missionários evangélicos alimentam o medo da vacina, dizem os líderes religiosos ”, leio no jornal Público (21.02.13) No filme não vi missionários de qualquer grupo religioso, mas senti que as dores das famílias eram enormes.

caçador de memórias

o tempo não se esgota na soleira da porta com o devir ao colo – não ajuda à respiração! na tentativa do olhar nutrimos os campos silenciosos da memória e os fins de tarde frios – do distanciamento dos nossos corpos (quem se lembrará das chuteiras pretas com riscas brancas muito ardentes?) jamais seremos capazes de definir as explosões da terra e os seus sinais!  

Estrada com vida

  A música é poderosa porque mexe com as emoções. José Brissos Lino, 7Margens , 19.06.06   Para além dos momentos musicais que estão muito longe da apatia portuguesa, sentes, de repente, que sábado à noite podes espreitar o Oub'Lá. Passas, espreitas e, de repente, percebes que tens por casa um disco dos Fragmentos . O tempo passa tão depressa! Voltas para casa e recordas The suburbs , dos Arcade Faire : chega a lágrima e a memória do olhar para as sapatilhas pretas que calçavas quando estes senhores subiram ao palco em Paredes de Coura.   Por fim, ficas com uma dúvida: os palcos dos Rammstein  foram mais intensos do que os dos Mettallica ? Não respondes porque não sabes. E muito bem! Quem quer quer saber, se gosta de ouvir todos?   Ah! Quando percebes que a distância entre o nascimento e o fim é apenas um clique agarras-te a toxicity . É giro! Forte Bem intensos estes senhores Systm of a down !   Por que carga de água – ou será apenas uma libertação dos dias

Olhar (local) da semana

E quando Guimarães se esventra e as obras demoram medievais eternidades , porque, parece, já não há calceteiros suficientes, era bom que de marreta em punho e prumo por perto, aprendêssemos a arte tão nobre de tapar buracos .  Rui Vítor Costa, O Comércio de Guimarães, 21.05.19  

Olhar da semana

Por onde andou esta Europa 40 anos depois de Mitterand ter instituído a reforma aos 60 anos , a quinta semana de férias pagas, aumento substancial dos subsídios de solidariedade (velhice, invalidez, desemprego) , a diminuição do tempo de trabalho entre outras medidas? Paula Ferreira, Jornal de Noticias , 21.05.11

radicalidade do humano

rio selho; creixomil (20.05.17 )   recuso-me a cair montanha abaixo sem escutar o chilrear dos pardais; recuso ligações vigiadas em altares pintados de deuses. fiz as pazes com a infância e desenhei os dias que trago na mão   recuso políticos que trauteiam pelas veredas: silêncio – dizem mais os seus coros! – é a vulgocracia! sim! recuso políticos que desfazem a harmonia. a ignorância mata. é vácua e vã   regressamos à brisa marítima ou ao chilrear dos pardais? levamos os dias na mão, não é?

um mundo que renasce

  rostos de esperança; tão próximos. a distância mata! – imortalidade é palavra que percorra o léxico dos dias?   os contos de fadas são marcantes gerem angústias; faces de esperança tão próximos agarram-nos à cor azul do mundo no verde que veste a esperança da proximidade.

Estranha forma de vida

Os rios não estão cá para servir (só) as pessoas, já cá estavam antes delas, e se algum dia se forem, eles por cá ficam. José Cunha, reflexodigital , 19.10.17   Das coisas estranhas dos dias que correm há umas muito mais estranhas e incompressíveis do que outras. Por estes dias questiono-me sobre uma dessas coisas para a qual não encontro explicação; uma realidade que não só me  faz  pensar imenso como cria uma dorzinha no fundo da barriga.   Então é assim a coisa estranha: A ribeira da canhota na vila de Caldas das Taipas volta a ver a luz do dia; tornando-se mais próxima da forma original com que a natureza a colocou. E muito bem! O ribeiro de Couros, em grande parte da sua passagem urbana, vai continuar mergulhado na falta de respeito pelas linhas de água e pela forma original com que a natureza as colocou. Mesmo com obras em andamento mantém-se o Couros escondido das pessoas. Maldades! Rio tapado. Sem poder ser fruído. Ainda para mais num tempo em que as suas ág

com pouco traje

corta o comboio; comboio de fogo em combustão morna a libertação dos seios; matéria dada e o teu silêncio já habita a rua!   a luz ao fundo do túnel? não sei desviei-me do comboio; em grande velocidade

Olhar da semana

Foto: rr.sapo.pt Como provou Luis Filipe Vieira na sessão [comissão de inquérito ao Novo Banco] desta semana, ser-se caloteiro dispensa sentimento de culpa e humildade . Manuel Carvalho, editorial, Público , 21.05.11

Beleza dos grandes olhares

À beira da morte, queres é viver… Álvaro Costa, E , 17.08.05   No fim, mesmo à beira da defunção: nunca te rendas aos dias vazios. Nem a pessoas cavas. Segue, existindo. Na felicidade dos concertos lindos; mesmo que ruidosos! São atos criativos; todas as alegrias. Depois, nos outros dias, já basta a parvoíce dos arrais apressados, dos patriarcas à procura de si e dos lerdos que se julgam senhores do mundo. Coitados! É, pois, chegado o momento de seguir em frente.

Há abismos lá no fundo, sem fundo

Terá o meu voto a candidatura autárquica que terçar armas para a proibição de circulação, exceto para residentes, pelos transportes coletivos gratuitos em rede eficiente e pelo desenvolvimento da ferrovia. Francisco Louçã, Expresso ( Economia ), 21.03.19   Embora um bocadinho fora de tempo (há realidades que nos ultrapassam, não é?, e algumas pouco agradáveis) vale a pena olhar com toda a atenção as páginas 16 e 17 do caderno de Economia do semanário Expresso na sua edição do passado dia 12 de fevereiro. E lançar outro olhar, mais atento e pormenorizado, para o mapa inserto na página 17. Entre o verde (da Ferrovia 2020 ) que cruza o país e Guimarães há uma linha cinzenta . Literalmente! Sem qualquer tipo de intervenção prevista.   Por favor, não falem do que não sabem!

Peso das palavras

O nosso futuro precisa mesmo que falemos mais de comboios e menos de aeroportos. David Pontes, editorial, Público , 21.03.19   S ó quem não quiser – ou não for capaz de entender ou fazer de conta; claro! –, é que continuará a pensar que haverá mais comboio, mais ligações ferroviárias; em suma investimentos públicos em Portugal no que à ferrovia diz respeito. ( Culpa do senhor Aníbal de Boliqueime tudo se foi! Agora pode haver, parece que vai haver, recuperação de material.)   A tal bazuca – que raio de designação para umas vitaminas! – foi uma invenção bombástica para jornalista criar manchete. Já tínhamos percebido por estes dias com as palavras meiguinhas do senhor Costa!                       Nota de rodapé : “ O PSD desde sempre defendeu um repensar da linha de forma a servir todas as populações e não apenas algumas ”. Estas palavras são do anunciado candidato laranja à autarquia vimaranense. Se este senhor candidato fosse realista quando fala de ferrovia estari

Realidade ferroviária em Portugal

  Costa inaugurou obra ferroviária por acabar em Viana do Castelo e hoje inaugura a linha TGV Campanhã-Moscovo . o Inimigo Público , 21.04.30

candura profunda

marcas livres e brancas sobem no céu do devir: referências boas subindo as montanhas; objetiva sempre afiada aos altares das grandes solenidades; vestidas das identidades com memórias da infância – não podem ser atraiçoadas!   prisioneiro do paradigma branco das marcas em ascensão – talvez seja só um olhar por entre os incêndios que iluminaram as últimas noites tão violentas – ah! as vozes mais altas projetam mais os sentidos. veem mais longe os silêncios e os frutos das montanhas no coração das ilhas.