rio selho; creixomil (20.05.17)
recuso-me a cair
montanha abaixo sem escutar
o chilrear dos
pardais; recuso ligações vigiadas
em altares
pintados de deuses.
fiz as pazes com
a infância e desenhei
os dias que
trago na mão
recuso políticos
que trauteiam pelas veredas: silêncio –
dizem mais os
seus coros! – é a vulgocracia!
sim! recuso
políticos que desfazem a harmonia.
a ignorância
mata. é vácua e vã
regressamos à
brisa marítima ou ao chilrear
dos pardais?
levamos os dias na mão, não é?
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