Não parece que o vírus
esteja disponível para negociar com seres humanos que defendem conceitos de
patriarcado, de autoritarismo e modelos ultraliberais.
Timotthey,
filósofo do Antropoceno, Ípsilon, 20.05.15
É quarta-feira, terceiro
dia de abertura, ou melhor, de possibilidade de podermos circular (um pouco)
mais pela rua. E chega a noite.
Os meus serões?
Só; em casa. Ouvir música. Ler e olhar a noite – tem estado tão bela!
E a televisão?
A quê?
Ouvir as pessoas
do costume por estes dias que têm novo código – bué de estranho, diga-se! –,
amanhã as nossas palavras dirão que a bola não entrou bem na baliza, mas o
senhor do apito não terá visto.
Boa noite.
Continuarei a
admirar a beleza da noite; à janela.
Eu não desisti
de viver; muito pelo contrário. Mas que olho a vida, os dias e os silêncios e
isolamentos com serenidade preocupante, é verdade!
O que sonhei
está concretizado. O que continuo a sonhar é muito mais simples: está ao pé da
porta. Facilmente esquecerei o que andei até aqui.
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