O já prolongado confinamento a que fomos obrigados por força da epidemia teve e continuará a ter diversos danos colaterais. Um deles foi, em minha opinião, a radicalização das posições defendidas por cada um de nós, sobre os mais diversos temas.
Arlindo
Oliveira, professor do IST e diretor do INESC, Público, 20.05.04
Enquanto Portugal
– e todo o planeta em declínio, na verdade – fazia o melhor que sabe (e parece
que cada vez mais é capaz de fazer), uma senhora com apelido pegado ao nome,
usou a “pandemia de covid-19 e o dramatismo e ansiedade que ela criou em todos
para pedir aos partidos que apresentaram projetos de lei para descriminalizar a eutanásia para que – façam o favor!, a expressão é minha – retirem as suas
iniciativas já aprovadas na Assembleia da República. * (citei J.J.M, no espaço público do jornal Público
do dia 20 de março)
Caramba! Que
vontade de celebrar a vida ó senhora presidente da federação pela vida –
federação pela vida, que coisa é essa?
Assim, quem
sofre de bruços tentando salvar a sua vida marcada pelo monstro virulento irá
rir-se de si, não acha?
* não
haverá condições politicas para que os projetos que estão no parlamento tenham
qualquer viabilidade”, diz a senhora.
Sei que está a
brincar com a capacidade democrática de um órgão democrático como é a
assembleia da República, mas por momentos já parecia aquelas aves de arribação
que em pleno crescimento da propagação do monstro covidico já pediam a redução
das reformas dos portugueses.
Sem comentários:
Enviar um comentário