quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Divisor e caótico

foto: record.pt

Estamos em plena cultura da imagem. Não é de agora, tem vindo do século da fotografia.
Eduardo Lourenço, Público, 17.07.31

Por estes dias; muito mais que nos outros dias, há uma agitação sadia olhando o português Rui Pinto.
E isso é bom ou é mau? Para começar, Rui Pinto está preso. Coisa que para Miguel Sousa Tavares (Expresso, 20.02.01) significa que Rui Pinto é um preso político.
Será por isso que Luís Marques (Expresso, 20.02.01) pergunta: afinal quem tem medo de Rui Pinto?
Sendo tudo tão estranhamente estranho, deito um olhar atento – que aconselho vivamente – às palavras de Bárbara Reis (Público, 20.01.31): Li com espanto que as procuradoras do Ministério Público que investigam o pirata informático [Rui Pinto] cujos roubos estão na origem do Football Leaks e do Luanda Leaks nunca quiseram saber o que estava dentro dos ficheiros.
E não me espanto com este olhar de Francisco Louçã, Expresso (Economia), 20.02.01: Branqueamento de capitais e manipulação de contas, prejudicando empresas e outros acionistas, são assuntos graves. Ou, se houver caso criminal, é por ter havido a informação de Rui Pinto que permitiu (ou obrigou) que houvesse uma investigação.

Por fim, e podia ser logo de início, dou atenção a Henrique Monteiro, Expresso, 20.01.29:
Aquelas algemas dizem tudo. Faremos com Rui Pinto o que mandam os verdadeiros poderes. E esse, infelizmente, estão onde não deviam estas – de Luanda ao estádio da Luz (e muitos outros locais que por agora desconhecemos).
As algemas de Rui Pinto são, de certa forma, um retrato de cobardia do nosso país. Na política, na Justiça, na sociedade.
Que ele [Rui Pinto] pague os erros que cometeu, aceito. Que não se investiguem seriamente os crimes que ele denuncia, é arrepiante.

1 comentário:

José Eduardo disse...

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