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foto: record.pt |
Estamos em plena
cultura da imagem. Não é de agora, tem vindo do século da fotografia.
Eduardo
Lourenço, Público, 17.07.31
Por estes dias;
muito mais que nos outros dias, há uma agitação sadia olhando o português Rui
Pinto.
E isso é bom ou
é mau? Para começar, Rui Pinto está preso. Coisa que para Miguel Sousa Tavares
(Expresso,
20.02.01) significa que Rui Pinto é um preso político.
Será por isso
que Luís Marques (Expresso, 20.02.01) pergunta: afinal quem tem medo de Rui
Pinto?
Sendo tudo tão
estranhamente estranho, deito um olhar atento – que aconselho vivamente – às
palavras de Bárbara Reis (Público, 20.01.31): Li
com espanto que as procuradoras do Ministério Público que investigam o pirata
informático [Rui Pinto] cujos roubos estão na origem do Football Leaks e do
Luanda Leaks nunca quiseram saber o que estava dentro dos ficheiros.
E não me espanto
com este olhar de Francisco Louçã, Expresso (Economia), 20.02.01: Branqueamento
de capitais e manipulação de contas, prejudicando empresas e outros acionistas,
são assuntos graves. Ou, se houver caso criminal, é por ter havido a informação
de Rui Pinto que permitiu (ou obrigou) que houvesse uma investigação.
Por fim, e podia
ser logo de início, dou atenção a Henrique Monteiro, Expresso, 20.01.29:
Aquelas algemas dizem
tudo. Faremos com Rui Pinto o que mandam os verdadeiros poderes. E esse,
infelizmente, estão onde não deviam estas – de Luanda ao estádio da Luz (e
muitos outros locais que por agora desconhecemos).
As algemas de Rui Pinto
são, de certa forma, um retrato de cobardia do nosso país. Na política, na
Justiça, na sociedade.
Que ele [Rui Pinto]
pague os erros que cometeu, aceito. Que não se investiguem seriamente os crimes
que ele denuncia, é arrepiante.
1 comentário:
Sempre atento! Apreciando o silêncio de olhos abertos
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