E os céus
parecem desertos e vazios
sobre as
cidades escuras
Sophia de
Melo Breyner Anderson, in o Homem (Contos exemplares)
1. “O
Centro Cultural Vila Flor começa hoje a comemorar uma década de vida,
condicionado por constrangimentos financeiros que o têm fragilizado nos tempos
mais recentes. O lugar que colocou a cidade no mapa é hoje motivo de
preocupação”. Começa assim, o excelente texto que o jornalista Samuel
Silva assina no Ípsilon de sexta-feira,
dia 4.
Trata-se, infelizmente para todos os vimaranenses que gostam de Guimarães, de uma
realidade triste para Guimarães. Para mim, vimaranense sempre preocupado com as coisas cá terra, faz-me doer por dentro; muito, saber que há quem queira
apagar Vila Flor.
2. Ao ler
as palavras do diretor-executivo de Vila Flor, Frederico Queiroz - “é
aqui que entra o problema criado pela lei 50/2012” -
constantes do trabalho jornalístico, percebe-se a razão de ser da preocupação. Logo vi que tinha que existir um corpo estranho na dinâmica daquela casa de excelência na minha terra. Ui! É aquela treta do setor empresarial do estado? Então já se percebe quase tudo.
constantes do trabalho jornalístico, percebe-se a razão de ser da preocupação. Logo vi que tinha que existir um corpo estranho na dinâmica daquela casa de excelência na minha terra. Ui! É aquela treta do setor empresarial do estado? Então já se percebe quase tudo.
Que raio
de lei esta, saída das mãos do governo de Pedro e Paulo – que, curiosamente,
nem uma palavra merece dos seus correlegionários em terras de D. Afonso – é
esta? (ou então merece; como sempre; sabendo - porque sabem -, gostam do espectáculo
das perguntas para jornalista nas reuniões de câmara, sobre o que disse o governo.
3. E se a
dissolução das cooperativas lançar no desemprego tantos trabalhadores? Ainda bem
que Domingos Bragança, na última reunião do executivo municipal, foi claro: “não
contem comigo para isso; não farei isso”.
Lendo com
atenção a peça jornalística do Ípsilon importa reter – porque continua a ser verdadeira – a
afirmação de Rui Dias, responsável da editora vimaranense Revolve!: “há
uma Guimarães antes do Centro Cultural Vila Flor e outra Guimarães depois do Centro
Cultural Vila Flor”.
4. Ou
seja, dez anos de vida em Vila Flor são uma excelente celebração da novidade, da
criatividade e da promoção em terras vimaranenses. Algo, que terá produzido
pruridos em pessoas da mesma área de umas outras que, noutros tempos, punham em
causa, por exemplo, o estádio do Vitória. Alguém se lembra?
5. Parabéns
Vila Flor! Obrigado. Imensas horas de prazer cultural por ali já pude usufruir.
Claro que
quero mais; faz favor!
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