segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Rede com buracos

foto: esquerda.net
O presidente da câmara municipal de Famalicão, que “falava ao primeiro-ministro de Portugal”, quer que “a solução para o crescimento económico” de Portugal se faça “com medidas estruturais de fundo, onde todos devem dar o seu contributo”, escreve o semanário famalicense Cidade Hoje (14.10.23) a propósito da visita de Pedro Passos Coelho a algumas empresas famalicenses.

Confesso, desde já, a minha ignorância. Que raio vem a ser isso de “medidas estruturais de fundo” para um governo que não sossegou enquanto não matou todo o setor empresarial público?
Será que o contributo de todos, de que falava Paulo Cunha, tem mais a ver com o pagamento de ações privadas com dinheiros públicos?
E o senhor presidente da câmara de Famalicão deve saber muito bem do que fala! Afinal é homem de falar ao primeiro-ministro do meu país!

Espera lá! Estou completamente fora de contexto. Afinal o “vale do Ave quer reduzir mil pobres até 2020” (título do Diário do Minho, 14.10.28)
Estava mesmo enganado.
Comparemos então: “cortar a eito nas prestações sociais pode abrir uma ferida difícil de sarar a longo prazo” (editorial do jornal Público (14.10.28)

Pois!
Deve ser por isso que “todos devem dar o seu contributo”.

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