Na edição de outubro do Le Monde Diplomatique (edição portuguesa) Sandra Monteiro assina um texto – “Avaria o Estado” – que mata em definitivo o desejo de ser feliz; o desejo de acreditar num futuro justo para cada cidadão.
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foto: vivabem.band.uol.com.br
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E como se avaria o Estado? Muito simples: “através dos cortes de financiamento e das transferências de recursos, isto é, com políticas de desinvestimento público, degradação do Estado Social, ataque ao mundo do trabalho e canalização dos recursos aí gerados para o sistema financeiro”.
E trará vantagens para o futuro?
Nem pensar. Desde logo porque este “avariar o Estado”, o que faz é prosseguir “a desvalorização interna, a aposta num país com salários tão baixos que possa competir com todas as indignidades laborais que outros conseguiram impor aos trabalhadores”. Algo que “nas mentes” destes avariadores do Estado “há de levar ao fim do modelo atual de Segurança Social e ao alargamento do mercado dos seguros privados”.
E a cereja no cimo do bolo deste texto: “as mais eficazes avarias do Estado, ou os melhores arranjos pessoais e negócios privados, fazem-se discretamente. De alguns até há noticias como acontece com o «caso Tecnoforma» ou o «caso BES».
Por fim, “avarias o funcionamento do Estado é fácil: corta-se, transfere-se, destrói-se e desrespeita-se a vida da maioria dos cidadãos”.
Por fim, “avarias o funcionamento do Estado é fácil: corta-se, transfere-se, destrói-se e desrespeita-se a vida da maioria dos cidadãos”.
E nós cidadãos indefesos gostamos de ouvir notícias sobre este tipo de avarias no sofá. Enquanto temos! Por que por este andar não falta muito tempo que sentamos o traseiro em pedras húmidas ou dormimos em camaratas onde de vez em quando libertam os gases.
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