1. Não sei se houve ou não um sindicato de votos no Orçamento Participativo de Guimarães. Uma coisa eu sei: tive dificuldades em votar, mas pensei que o problema seria da minha memória, por não me lembrar da password.
2. Em Guimarães o Orçamento Participativo terá tido um sindicato de votos, nas palavras de alguns. Em Braga, segundo escreve Samuel Silva no Público (14.10.08) terá tido o apoio de um pároco que distribuiu 15 mil panfletos “em todas as ruas e todos os carros da paróquia”.
Entre tantos votos entrados à pressão e a pressão para tantos votos venha o diabo e mande às malvas esta pretensa participação democrática.
3. ”Votos comprados no orçamento participativo de Guimarães”, pode ler-se na imprensa. Só alguma, é verdade, mas está escrito.
O que terá acontecido?
Ao que consta os números fiscais da alguns cidadãos terão sido usados indevidamente. O que é tremendamente grave.
Quem fez isso, se o fez, o que fará com os NIFs noutras circunstâncias?
4. Isto é, o que aconteceu com o Orçamento Participativo em Guimarães – e se lhe juntarmos o facto de que no ano passado muitas das propostas vencedoras até estavam nos programas eleitorais de algumas localidades -, faz pensar muito.
Descredibiliza em absoluto quem tem as melhores intenções de abertura às pessoas, aos cidadãos.
5. E sendo grave impõe-se que os responsáveis por esta aberração sejam devidamente castigados. Severamente punidos e sem paninhos quentes. Sob pena de, a seguir, se começar a não acreditar nas instituições.
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