carro ligeiro serra acima; acelerador apertado no ruído
absurdo!
gases poluentes amparando a subida sem contemplações.
entro na montanha virgem; de verde sagrado. pássaros fogem assustados.
plantas abraçadas à ternura dos dias são tenores
na sinfonia afinada contra o bafo negro da passagem por
caminhos
prestimosos. assistem à pesada herança dos pecados
saborosos que cantam no interior do monstro de metal.
vou feliz; descontraído. não sinto os gases poluentes violentando
o verde vegetal. não ouço o ruído absurdo do motor; ferindo
pássaros assustados. acelerador a fundo sou mais um
precipitando
o fim deste sítio belo; encanto onde vivo. aproximando-me
do fim em cada aceleração de prazer.
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