Ainda hoje, há dias em que se limpa a cidade varrendo pessoas.
Margarida David Cardoso, Fumaça, 21.05.06
A cidade permanece
na desocupação.
Profecia bem
realizada! – Ainda para mais no meio da violência ambiental e da miséria de
princípios da urbe.
E
frios que já não passam de retalhos de uma cidade que agora se faz de memórias que
já foram ilustres.
Falamos
de quê?
Ah!
Das horas intemporais; cortando o frio da cidade que não para de exalar os
vapores da apetência da mudança radical.
E
ninguém com vontade de caminhar!
Achas
mesmo? É que perdi a vontade e o desejo de aprisionar a cidade. Prefiro saltar
em frente dos seus muros e ver toda a gente a sonhar com a partida…
… por mim e pelo
sonho de permanecer, não vou saltar. Quero sentir o obscurecer de todos os
dias.
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