A tragédia devolve-nos a verdadeira liberdade, um lugar onde podemos decidir entre o bem e o mal.
Angélica Liddell, E, 17.09.24
As diferenças do final de semana costumam
ser substanciais; pelo menos no que à rotina e labuta diárias diz respeito.
Senti e vivi, nos dois últimos fins de semanas uma diferença acentuada no que a esta afirmação diz respeito. Duas manhãs de música, de uma música que ganhou corpo, propagação e asas a partir das noites intensas não é coisa habitual. Por isso o espanto lindo de José Nobre: nunca esperei dizer bom dia no Guimarães Jazz!
Jazz de manhã? Foi estranho, mas depois das luzes se apagarem só a música deu vida a este alienígena modo de vida que é o confinamento por via de um ser microscópico e o ter que recolher ao nosso recanto.
Em suma, duas manhãs de cultura, na
minha cidade. A seguir virão mais manhãs de cultura, na minha cidade.
Com música, reflexão e participação. Mas
– vinco, a música; sempre – a música a dirigir os anseios de espírito e do
génio. Depois voltamos para casa.
Mas isso, já tínhamos sido avisado:
voltem outra vez para casa. Fechem as portas e as janelas.
As janelas não fechei; a música
continua a alimentar a alma. Desafiando o espírito sem máscaras.
Sem comentários:
Enviar um comentário