Encontro na natureza humana uma
espantosa igualdade; nas retaliações humanas, uma violência inevitável,
inerente a todos a ninguém.
Georg Büchner (criador de A
morte de Danton), in carta a Minna Jaeglé, 1834
Com a diminuição
– aguardamos todos, ansiosamente, o seu afastamento definitivo – da presença
agressiva do monstro com nome de código estranho – covida-19 – esperamos todos
regressar à normalidade democrática.
Em Portugal e no
mundo; sendo certo que os populismos americanos – de norte a sul do continente,
com sotaques da Escócia ou do minho –, e de uma certa Europa parva, louca, sem
valores e princípios humanos e democráticos (Hungria, pois claro!) é a hora de
voltar a olhar para as (outras) coisas importantes. Que, na verdade não (nunca)
deixaram de ser fundamentais.
Em Portugal – o
meu país, um estado democrático –, uns donos das correntes, das mocas e da
estupidez criada em ginásios da moda e muita injeção, mataram um cidadão ucraniano. Terá sido no aeroporto da capital mais centralista que conheço, mas
isso pouco importa. O que importa é que uns estupores com fardas, credenciais e CU do meu país mataram uma pessoa de forma violenta. Espancando-a “durante 20 minutos” e “em cima” dessa pessoa, o senhor Ihor
Hommenyuk; “sentados, esmagando-lhe o tórax contra o solo”.
É muita
agressividade! Muita maldade.
Demasiada falta
de humanidade.
Acredito na
Justiça portuguesa; sempre acreditei. Espero que, mais uma vez, Portugal mostre
ao mundo que não se brinca com a vida das pessoas. Seja onde for e em que
circunstâncias for.
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