sim! “a rua
trazia saudades”!; ideia declarada
vincada da tua noção
de cidade; tantas ilusões
esboroando-se,
não é? – extensão curta
de
solidariedade; tão vaidosa
(só
para o ecrã ou microfone)! –
quando a nossa
rua mudava saudades e víamos
tudo estampado
nos desejos do papel –
cada vez mais
amarelecido!
a rua – a nossa
rua fria e distante; quebrada
pela doçura de
nós – perde-se
no tempo; de
casa, de nós, do mundo.
perguntei ao
tempo e o tempo disse: rasga
todos os jornais
e livros guardados na tua estante; a rua
morreu.
a maldição nunca
chora!
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