Antes de atacar um
abuso, deve ver-se se é possível arruinar os seus alicerces.
Luc de Clapiers
Se eu fosse uma
pessoa vestida de ventura andaria vaidoso entre o mundo dos vaidosos que
subiram a S. Bento.
Se eu fosse uma
pessoa coberta de ventura daria pulos de felicidade por, num instante
previamente controlado e encenado, assustar quem por S. Bento corre; feito
perdigueiro da felicidade politica.
Se eu fosse uma
pessoa repleta de ventura, escondendo a dor vermelho-clubística que dá lucro em
todo o lado; até nos patamares mais insuspeitos, fixava os olhos no ecrã
assutado dos ais e diria: é verdade!
Todos vós estás a passar por uma letargia tremenda. Todos vós dormis sobre
as novas estranhas verdades, fazendo de conta que sentem as dores dos dias. Só
que todos vós, na verdade, ignoram a populaça que vos
deu uns votinhos para a vossa indiferença e comodismo.
Ouçam
o povo; não façam de conta que o ouvem!
Ah! Se eu fosse
uma pessoa apinhada de ventura desenhava um mundo armilar como a esfera dos
anos quarenta do século passado e diria ao povo eleitor – que coitado!, sabe lá
o que é viver, o que é a esfera armilar do senhor Ferro (o António, não o
Rodrigues) – fez mais pela nação do que uns tipos eleitos por motivações
patético-partidárias.
Ah!! Ventura à
parte, deixem-se, por favor, senhores deputados da nação eleitos pelo povo
português, de parvoíces!
O que o senhor
Ventura – muito mais concentrado nos dias e nas suas dores violentas – quer é
dizer que ele é deus e vocês seus discípulos.
Acordem!
Nem
sempre a ressurreição se faz com o afastamento da pedra do sepulcro!
Ignorem os
poderes obscuros e olhem com a atenção para os dias que correm. Não faltam atiradores
de areia para os olhos das pessoas.
Nota
de rodapé: o texto que Maria Lopes assina na página 20 do
jornal Público (19.12.20) dirá muito mais.
Comentários