Parece ser
inevitável que a idade nos traz uma postura mais conservadora e menos dada a
aventuras desconhecidas, como se o tempo que nos resta tivesse de ser
obrigatoriamente calmo.
José
Gameiro, E, 15.09.12
Houve, um
destes dias e na cidade de Braga, uma “festa contra estigma das instituições”.
Festa contra estigmas das instituições! E para a tal coisa, feita pela, ao que
parece, Segurança Social de Portugal
– aquela instituição pública que (quase sempre) é injusta para com os que
sofrem, mostrou uma encenação, capaz de juntar “cerca de 23 instituições”.
A coisa
feita encenação para eleitor ver, diz o responsável máximo da Segurança Social do distrito de Braga,
terá servido para desmistificar o trabalho desenvolvido pelas instituições.
Ups! Desmistificar o trabalho desenvolvido pelas instituições!
Encenações!
Sem classe; forçadas. O pior – e isso sim!, é gravíssimo e tem que morrer já no
próximo dia 4 – é que no palco da vida, do dia-a-dia de quem sabe o que é não
ter dinheiro para sobreviver, o responsável da Segurança Social em Braga nunca
pôs os pés.
Há
encenações que não são uma treta; são uma tremenda agonia. Só possível em
palcos silenciosamente castrados, onde os atores sofrem, sofrem e os
encenadores não sabem o que fazer.
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