quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Centro de uma loucura

Parece ser inevitável que a idade nos traz uma postura mais conservadora e menos dada a aventuras desconhecidas, como se o tempo que nos resta tivesse de ser obrigatoriamente calmo.
José Gameiro, E, 15.09.12
Houve, um destes dias e na cidade de Braga, uma “festa contra estigma das instituições”. Festa contra estigmas das instituições! E para a tal coisa, feita pela, ao que parece, Segurança Social de Portugal – aquela instituição pública que (quase sempre) é injusta para com os que sofrem, mostrou uma encenação, capaz de juntar “cerca de 23 instituições”.
A coisa feita encenação para eleitor ver, diz o responsável máximo da Segurança Social do distrito de Braga, terá servido para desmistificar o trabalho desenvolvido pelas instituições. Ups! Desmistificar o trabalho desenvolvido pelas instituições!
Encenações! Sem classe; forçadas. O pior – e isso sim!, é gravíssimo e tem que morrer já no próximo dia 4 – é que no palco da vida, do dia-a-dia de quem sabe o que é não ter dinheiro para sobreviver, o responsável da Segurança Social em Braga nunca pôs os pés.
Há encenações que não são uma treta; são uma tremenda agonia. Só possível em palcos silenciosamente castrados, onde os atores sofrem, sofrem e os encenadores não sabem o que fazer.

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