terça-feira, 3 de março de 2015

uma sombra que desfaz o fim de tarde

Não quero aqui ninguém. Quero ficar sozinho a medir isto, a minha doença, a minha mortali­dade, o meu espanto. Por mais que repetisse
- Um dia destes
não acreditava que o dia destes chegasse.
António Lobo Antunes, in Crónica do hospital
Sabes pai, hoje celebraríamos com a grande festa da tua presença; a tua presença. Tu não estás, nós bem sabemos; continuamos a celebrar; mantemos o que dissemos sempre.  Também sabes isso muito muito bem: mantemos o que dissemos no primeiro momento:
Queremos manter-te vivo entre os silêncios que vestem a tua ausência.
E não é que os silêncios se calaram para te mostrar? E levas companhia! E que companhia! nós sabemos.
O que ficou de ti? Tudo.
Só podia, não?

Sem comentários:

a cidade e o devir II

  Foto arquivo Não é difícil perceber que em alguns locais das cidades, o espaço público ocupado por carros parados (em estacionamento), ou ...