terça-feira, 17 de março de 2015

Manhãs de sol em Guimarães

Não há nada de tão absurdo que o hábito não torne aceitável.
Erasmo de Roterdão
É manhã de sábado. Como sempre, a azáfama à volta do antigo mercado municipal de Guimarães é grande. Muita gente estaciona sem o poder fazer. Ali na Paio Galvão (o presbítero que terá começado a sua carreira eclesiástica no mosteiro de Santa Marinha da Costa). Chegam dois polícias municipais. Há gente que mete, à pressa e de forma bem atabalhoada, o que tentava vender no carro, em malas cheias de coisas rápidas e desanda dali. Mais carros se afastam. Discretos. E os polícias observam.
O espaço – o lado da rua que abraça o antigo mercado – fica com o espaço que tem que ter: paragem para autocarros.
Eis, senão, quando um carro da Vitrus estaciona. O condutor faz um sinal mais ou menos discreto. Os dois polícias caminham, lentamente, em frente; em direção à Sociedade Martins Sarmento. O condutor demora pouco, é certo!, mas o carro esteve ali uns minutos; enquanto, dentro do quiosque, ali existente, se passavam coisas.
Já tenho as botas engraxadas. Pago e sigo em frente.
Que saudades que eu tinha das manhãs de sol na minha cidade!

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