Quem diz sempre a verdade não precisa de ter boa memória; quem diz que se esqueceu do que fez, nunca mente… sobre o que fez. Assim se explicarão muitas asneiras recentes.
Pedro Santos Guerreiro, Expresso, 15.03.07
1. No editorial do passado sábado, dia 7, Afonso Camões escreve que “ao sétimo dia, Pedro Passos Coelho veio” dizer, “com humildade”, que não tem orgulho “das falhas da sua carreira contributiva”. Seria pior; gravíssimo se o primeiro-ministro de um estado democrático dissesse o contrário. A afirmação do diretor do Jornal de Noticias é certeira sobre a forma como o responsável máximo do governo de direita que está no poder em Portugal se esqueceu recordar nos últimos dias. Repare-se nesta subtileza de Afonso Camões: “ao sétimo dia”. Na muche da criação! Sinal fatídico para quem olha depois da morte.
E a verdade é que as últimas notícias sobre o líder do PSD e primeiro-ministro de Portugal não auguram grande coisa.
2. Mário de Oliveira, o ‘padre da Lixa’, escreve na sua crónica 154, do dia 5: “o que mais perturba em Passos Coelho, desde que a máquina do poder político pôs nele os olhos, fez dele o seu ungido/messias/cristo, com objetivos muito concretos e definidos a concretizar, no imediato, é a sua maquiavélica ingenuidade, mais aquela cínica máscara de inocência politica”.
Palavras fortes!
Palavras fortes!
3. Se o assunto não fosse grave e sério até esquecíamos esta brincadeira de O Inimigo Público (15.03.06): “Passos fez jurisprudência: contribuintes passam a pagar contribuição apenas quando forem notificados pelo PÚBLICO”.
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