Não gosto de tipos que se levam muito a sério, tipos de ar compungido a quem, certamente, mas também não quero ir ver, não cabe um feijão no apertado lugar onde o sol não brilha.
Manuel S. Fonseca, E, 15.02.07
Escreve Sílvia de Oliveira na edição de Dinheiro Vivo (15.02.14) que “agora sim, juntaram-se todos à esquina, Presidente da República incluído, na gasta concertina – mais uma vez, não vá não ter ouvido – de que Portugal não é a Grécia, de que nós, portugueses, somos muito diferentes dos gregos”.
Excelente afirmação! Cheia de razão e perfeitamente enquadrada nos olhares que têm que ser lançados sobre um país que tudo faz para se vergar a outro país, a Alemanha.
Claro que é, no mínimo, pouco recomendável esta atitude do presidente da República. Talvez por isso, Bernardo Ferrão (Expresso, 15.02.14) tenha colocado Cavaco Silva nos Baixos, escrevendo que ele “mostra uma colagem não só à linha o governo como à cartilha de Berlim”. Para, de seguida, perguntar: “será que é assim que se defende o projeto europeu?” e terminar com uma realidade que só quem não quer não vê: “não admira que a sua popularidade esteja uma vez mais em queda”.
É claro que Pedro Bacelar de Vasconcelos (Jornal de Noticias, 15.02.13) tem toda a razão: “o Governo, a maioria parlamentar que o sustenta e o Presidente da República portuguesa incomodados pela flagrante demonstração do fracasso das políticas que infligiram ao país durante os últimos anos, perderam a compostura e desataram a insultar o governo legítimo de outro estado-membro da União Europeia – a Grécia”.
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