Como tudo
é vão! Arrasa uma cidade,
ergue-te
do pó dessa cidade
assume um
cargo e finge para evitares expor-te.
Ingeborg
Bachmann, in O Tempo Aprazado
Li, já foi
há uns dias (já é do passado dia 10) uma notícia no jornal Público que me fez pensar que, às vezes (muitas vezes, afinal)
nem tudo o que parece é. Li que a câmara de Braga “paga seis mil euros em
consultas de dentistas por ano a famílias carenciadas”.
Ui!
Ao ler
isto pensei: caramba! Guimarães tem que fazer algo parecido, não é? Isto parece
extraordinário.
Não?
Não, não e
não.
Trata-se
de uma iniciativa que envolve uma clinica privada onde – leia-se com toda a
atenção – “o acesso ao serviço não será generalizado a toda a população”.
Repita-se
para que não reste nenhuma dúvida: nem todos os bracarenses com dificuldades
poderão usufruir de consultas para tratar dos seus dentes.
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